Rede Unida, Encontro Regional Norte 2015

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A Educação Permanente como Ferramenta de Gestão do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Amazonas: Espaço de Construção Coletiva.
Deib Lima de Souza, Camila Rocha dos Santos

Última alteração: 2016-01-21

Resumo


A educação, aqui entendida como um instrumento potencializador na tentativa de corrigir as deficiências no alinhamento entre o desenvolvimento de profissionais e os princípios e diretrizes do SUS, torna-se uma das principais políticas a ser implementada para o desenvolvimento de pessoas no âmbito do Ministério da Saúde, de forma a articular as competências individuais dos trabalhadores aos objetivos institucionais, visto que esses profissionais atuam na esfera administrativa da gestão Federal do SUS. A EPS nos traz orientações de forma que possamos reverter as dificuldades técnicas que enfrentamos no cotidiano do trabalho, bem como para intervir sobre os componentes políticos, ideológicos e éticos nas relações laborais na reorganização qualitativa do trabalho (CARDOSO DE MELO, 2007). A escolha por esta metodologia se deu a partir de uma proposta de intervenção que tem como foco a participação ativa dos atores sociais. Esta proposta pedagógica implica em um processo educativo no qual cada participante, individualmente, e todos no coletivo, tenham clara a sua posição de sujeitos históricos. Dessa forma, realizamos uma Roda de Conversa com os trabalhadores do Ministério que realizam suas atividades no Setor de Atenção à Saúde dos Servidores. A aplicação desta metodologia no grupo nos permitiu observar que: o aumento da motivação entre os participantes em compreender a importância de sua participação, e que a leitura prévia dos textos e/ou links sugeridos, constituiu-se como etapa fundamental para a participação efetiva na atividade; a conscientização acerca da leitura dos textos oportunizados permitiu aos participantes ampliar o acesso ao conjunto de informações importantes para a elaboração de novos conhecimentos; a articulação entre o mundo vivido propiciou aos participantes o debate sobre a realidade do seu universo simbólico do mundo do trabalho; o caráter coletivo da atividade e o desempenho qualitativo de cada um como membro facilitador suscitou a participação enquanto sujeito histórico, onde cada um teve sua oportunidade em diferentes momentos. Houve a construção de novos significados que os próprios trabalhadores atribuíram ao seu processo de trabalho, e como resultado espera-se a intervenção na realidade e elaboração de propostas concretas que transformem suas práticas, levando à superação das situações que limitam o encontro do prazer com o trabalho.

 

 

 


 


Palavras-chave


Educação Permanente em Saúde; Trabalho; Rodas de Conversa

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. A educação permanente entra na roda: pólos de educação permanente em saúde: conceitos e caminhos a percorrer. 2. ed. Brasília, DF, 2005.

CARDOSO DE MELO, J. A. Educação e as Práticas de Saúde. In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (org.). Trabalho, Educação e Saúde: reflexões críticas de Joaquim Alberto Cardoso de Melo. Rio de Janeiro: EPSJV, 2007.

MERHY. O desafio que a educação permanente tem em si: a pedagogia da implicação. Interface – Comunic, Saúde, Educ 9(16):172-174; 2005.

NASCIMENTO, M. A. G.; MOREIRA DA SILVA, C. N. Rodas de Conversa e oficinas temáticas: experiências metodológicas de ensino – pôster. In: Encontro Nacional de Prática em Geografia, 10., 2009, Porto Alegre. Anais. Porto Alegre, 2009.