O estudo é parte de um projeto macro intitulado “Determinantes de Necessidades Especiais de Saúde de Recém Nascidos Egressos de Unidades de Terapia Intensiva de Maternidades Estaduais da Rede Cegonha, Manaus, 2014-2016” e se propõe a investigar as práticas de avaliação e controle da dor em neonatos pela equipe de saúde de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal de maternidades públicas de Manaus entre abril e maio de 2015. Trata-se de uma pesquisa descritiva, prospectiva de abordagem quantitativa de base hospitalar envolvendo os profissionais de saúde de UTIN de duas maternidades estaduais. Os dados foram obtidos por entrevistas estruturadas com os profissionais de saúde das equipes das UTIN que realizam procedimentos dolorosos. Foram entrevistados 100 profissionais, entre enfermeiros, fisioterapeutas, médicos e técnicos de enfermagem. Os resultados encontrados evidenciaram que a maioria dos profissionais entrevistados percebe a existência de dor ao realizar procedimentos (97%), de modo não sistemático, através de alterações fisiológicas e comportamentais expressas pelo neonato. Quanto a utilização de instrumentos de avaliação da dor, embora 58% dos participantes afirmarem fazer uso de alguns, não há sistematização do uso. No que se refere à práticas para alívio e tratamento da dor, os profissionais demonstraram conhecer as técnicas descritas na literatura e utilizá-las, mas de maneira individual. Conclui-se que a preocupação com a dor no período neonatal vem sendo incentivada por estudos que manifestam a importância da avaliação correta da dor, mediante as alterações manifestadas, e também o uso adequado de tratamentos paliativos ou de alívio. Sugere-se a inclusão da avaliação da dor como quinto sinal vital de suma importância, devendo ser avaliada concomitante a aferição dos demais sinais, por meio de instrumentos do cuidado, tais como as escalas de dor, visando padronizar a identificação e como guia clínico para o tratamento adequado do mesmo.