Última alteração: 2016-01-21
Resumo
Introdução: A HAS e a DM tem alta prevalência e baixas taxas de controle, tidos como relevantes problemas de saúde pública no Brasil e, em particular, no município de Boa Vista do Ramos/ AM, pela singularidade e diversidade amazônica. Dificuldades em realizar um tratamento resolutivo e em tempo oportuno, dá ênfase a necessidade de um acompanhamento que produza vínculo e responsabilização, com uma atenção especial aos modos de cuidar. Uso adequado das medicações, irregularidade na realização de exames de controle e nas consultas periódicas, desinteresse em manter um estilo de vida que lhe traga melhorias em sua qualidade de vida. Este cenário alertou profissionais vinculados a uma UBS da zona rural sobre a necessidade de realizar ações que venham qualificar o acompanhamento dos seus usuários. Objetivos: Identificar as situações que comprometem o adequado atendimento e acompanhamento dos hipertensos e diabéticos e propor alternativas viáveis e factíveis para melhoria dos modos de cuidar. Método: foi realizado um levantamento epidemiológico de todos os hipertensos e diabéticos do município de Boa Vista do Ramos, tanto da zona rural quanto urbana; os dados foram coletados no período de junho de 2014 a maio de 2015. Resultados: foram identificados cerca de 247 hipertensos, 152 na zona rural e 95 na zona urbana, com relação aos diabéticos foram identificados cerca de 76, 55 estão na zona rural e 21 na zona urbana. Outras situações foram identificadas nas quais as equipes teriam possibilidade de ação mais direta e que poderia ter um resultado efetivo diante do problema escolhido como: baixo nível de informação, que repercutem em: hábitos e estilo de vida que colocam em risco a saúde e em familiares sem a devida orientação sobre o cuidado e o enfrentamento das doenças; Outro problema que ficou evidente foi a pouca eficácia do processo de trabalho das equipes de saúde da família. Conclusão: A HAS e a DM envolvem uma multiplicidade de fatores complexos, que exigem de todos os envolvidos o emprego de estratégias e uso de tecnologias que deem conta desta complexidade. Em se tratando de vínculo e adesão, percebe-se a necessidade do foco em “tecnologias leves”, produtoras de responsabilização, de cuidado e mais vida. Em se tratando de processo de trabalho e educação em saúde, esta exige investimentos em capacitações, educação permanente em saúde, grupos e rodas de conversas que cheguem a população trazendo sentidos e significados para o seu modo de andar a vida.
Palavras-chave
Referências
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