Descrição da Experiência: Tendo como referência teórica a portaria nº 971, de 3/05/2006, dispondo sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC),  que visa estimular mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, por meio de tecnologias eficazes e seguras, a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), alunas de medicina auxiliadas por agente comunitária de saúde, realizaram uma prospecção sobre o uso dessas práticas em três comunidades, no Distrito de Saúde Rural para verificar o processo de cuidado à saúde daquela população. Das residências visitadas,  119 pessoas  livremente se prontificaram a falar sobre a utilização das práticas integrativas no seu processo de cuidado à saúde, tendo um questionário como instrumento norteador para a conversa. Resultados alcançados: A utilização de plantas na forma de chá foi o método terapêutico evidenciado para curar determinados agravos, estando entre os prevalentes, as chamadas inflamações, gripe, cólica e diarréia.  Além disso, relataram que o conhecimento tradicional sobre o uso das plantas foi repassado, na sua maioria, por familiares. Mas, revelaram já ter recebido orientação por parte de alguns profissionais de saúde sobre o uso de plantas como método terapêutico auxiliar no cuidado à saúde. Dessa forma, embora tenham acessado fitoterápicos pelo SUS, alegam da dificuldade quanto a outros métodos terapêuticos pelo Sistema de Saúde.

Repercussões da experiência: Realizou-se um evento para divulgar o trabalho no qual os comunitários foram convidados a expor suas plantas e forma de manejo, para gestores e trabalhadores da atenção primária à saúde, tendo ainda, a presença da Universidade, com um pesquisador em plantas, num profícuo diálogo e integração do ensino, serviço e academia sobre a importância dessas práticas, concomitante ao modelo convencional de cuidado. A experiência permitiu aproximar profissionais de saúde desses saberes e práticas, inserir estudantes em territórios rurais, convivendo com outras práticas terapêuticas no processo de cuidado à saúde. Além disso, possibilitou a divulgação e valorização dos saberes tradicionais das comunidades participantes deste trabalho.