As atividades da disciplina de saúde coletiva foram construídas com o embasamento teórico em sala de aula e o aprofundamento nas práticas de campo em um bairro periférico da cidade de Manaus, Amazonas. Mapeamos as casas no entorno do Igarapé, pois muitas famílias não eram cadastradas em nenhuma área de ação de sáude. A ferramenta de mapeamento das famílias preconizada pelo SUS, visa adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita. O cadastramento e mapeamento tem a capacidade de mostrar o desenvolvimento e o formato da estrutura familiar, e assim avaliar a interação das famílias entre si e com o meio ambiente. Construimos o genograma e ecomapa das famílias, pois segundo Débora Mello (2005), propicia um envolvimento ativo, permitindo o conhecimento da origem e das particularidades dos integrantes. E o ecomapa permite uma visão mais ampla, entre a família e o mundo, criando uma teia que exemplifica a sustentação dos indivíduos. Realizamos um dia de ações voltadas a atenção primária, houve a divisão em grupos por temáticas, como diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica. Além de fornecer exames de glicose e aferição de pressão, nosso intuito era informar sobre as doenças e como os hábitos de vida influenciam. Como diz Czeresnia (2003), promover a saúde alcança uma abrangência maior do que circunscreve o campo especifico da sáude, alcança elementos físicos, psicológicos e sociais. Após a conclusão das atividades, compreendemos a importância da saúde coletiva na construção do conhecimento e de práticas organizadas e orientadas a promoção da saúde das populações. Assim, o cadastramento dos moradores mais próximos do Igarapé foi realizado e direcionado a UBS mais próxima e compreendemos o real entendimento sobre a importância de aliar o conhecimento teórico com a prática. Dessa forma, o aprendizado produzido durante a disciplina tornou-se fundamental para a nossa formação acadêmica como alunos de Medicina, pois, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina (2014), o perfil dos egressos deve ser voltada para a visão generalista, humanística, crítica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado no processo saúde-doença e em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde. Essa formação é consolidada com o desenvolvimento das disciplinas que lidam com as questões biopsicossociais, colaborando para desenvolver a visão e o perfil humano do acadêmico.