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O Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser considerado uma das maiores conquistas consagradas na constituição de 1988, abrangendo todos os serviços de saúde e garantindo acesso integral e gratuito para a população brasileira. Para que haja uma boa eficiência na execução do sistema, é necessária que a formação acadêmica prepare o discente a tornar-se um profissional de saúde habilitado de conhecimentos extracurriculares, impedindo uma sensação de despreparo ou insegurança durante atuação profissional.

Os Ministérios da Saúde e da Educação em parceria com Secretarias Estaduais e/ou Municipais de Saúde e as Universidades desenvolveram o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Vigilância em Saúde (PET-Saúde/VS) que visa oferecer oportunidades de troca de conhecimento e experiência entre profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e alunos de cursos de graduação da área da saúde.

Durante o período de julho/2013 a abril/2015, o programa PET-Saúde/VS contemplou a unidade Módulo Saúde da Família-Vila da Prata e a secretaria municipal de saúde (SEMSA) de Manaus com 16 acadêmicos de Enfermagem e Farmácia da Universidade Federal do Amazonas, divididos em grupos iguais e orientados por professores e profissionais da unidade.

Apesar da tramitação do projeto de lei que torna obrigatória a presença de farmacêutico em todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), muitas delas, inclusive o MSF-Vila da Prata, não possuía o profissional, logo o grupo de acadêmicos foi tutorado por um enfermeiro. Essa situação gerou um desafio tanto para os acadêmicos de farmácia quanto para o preceptor, tendo em vista que seria mais viável orientar acadêmicos da mesma área.

Entretanto, o projeto tornou-se uma experiência inigualável sobre todos os aspectos. Por meio da educação em saúde, atividades educativas contribuíram para a ampliação do conhecimento da comunidade. Temas voltados à área de conhecimento farmacêutico levantaram o interesse e participação popular, gerando acolhimento, vinculo e humanização da assistência. Os acadêmicos de farmácia tornaram-se mais críticos quanto à articulação do sistema e a necessidade da presença do farmacêutico no SUS, além da interação direta com o paciente, de extrema relevância para a construção profissional, considerando-se que a formação acadêmica não intensifica a assistência farmacêutica na grade curricular.

farmacêutico; saúde; SUS; assistência; experiência;