Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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Nutrição em idosos participantes de grupos de atividades de promoção à saúde
Neidjany Patrícia Lima Torres, Camylla Cavalcante Soares de Freitas, Vanessa Gomes da Costa, Liliane Ecco, Thazia Costa, Rosana Lúcia Alves de Vilar

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


Introdução: Estudos indicam a nutrição do idoso como fator determinante para a fragilidade desses indivíduos. A nutrição irregular pode causar diversos distúrbios, potencializados pelas alterações fisiológicas do envelhecimento(1). Para tanto, se faz necessária uma avaliação dos hábitos alimentares dessa população para melhor identificar os riscos presentes. Objetivo: descrever e analisar os aspectos nutricionais de idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF), em Natal e Santa Cruz, no Rio Grande do Norte (RN). Método: estudo descritivo, analítico e transversal, com abordagem quantitativa, amostra de 24 idosos (idade > 60 anos) cadastrados na ESF de Natal-RN (n=13), no bairro de Igapó, e em Santa Cruz-RN (n=11), no bairro do DNER, frequentadores de um grupo de idosos de atividades em saúde. As coletas procederam-se em duas etapas, em março e em novembro de 2014, desenvolvendo-se entre ambas, atividades de promoção à saúde. Foram utilizados o “Questionário de dados demográficos” e o “Questionário de Hábitos e Estilo de Vida”. A pesquisa teve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes CEP/HUOL de Parecer n. 562.318 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 21996313.7.0000.5537. Resultados: Verificou-se na amostra 8,3% de idosos do sexo masculino, 50% entre 61 e 71 anos de idade, e os demais na faixa entre 72 e 84 anos. Dentro dos aspectos nutricionais, o Índice de Massa Corporal (IMC) apresentou-se alterado (baixo peso ou sobre peso) em Santa Cruz (20,8% da amostra total) e em Natal (29,2% do total), na primeira etapa de coletas. Na segunda, os mesmos percentuais elevaram-se para 29,2% em Santa Cruz e 45,8% em Natal, caracterizando, portanto, piora do IMC. No domínio de hábitos alimentares saudáveis, observou-se uma variação na média do escore desse aspecto entre as duas coletas de 8,19 (Desvio Padrão-DP=1,16) para 8,82 (DP 1,25) em Santa Cruz, e de 8,38 (DP 0,87) para 9,08 (DP 0,95) em Natal. Apesar da variação do IMC, estatisticamente, os valores referentes à avaliação nutricional, apresentaram “p valor” acima de 0,05, não demonstrando significância. Conclusão: Ao analisar e descrever os achados, observa-se que não há relação entre os hábitos nutricionais e a piora dos valores do IMC. Dessa forma, é indicada uma investigação quanto aos fatores que interferiram no IMC.


Palavras-chave


Idoso; Nutrição do Idoso; Estratégia Saúde da Família

Referências


Oliveira LP, Cabral NLA, Vale D, Lyra CO, Lima KC. Prevalência de desnutrição em idosos institucionalizados: uma revisão crítica sistemática. J. Health Biol Sci. 2014; 2(3):135-141.