Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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FALHAS NA MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM, O QUE ATENTAR?
vanessa ferreira da silva, Vanessa Ferreira da Silva

Última alteração: 2016-01-20

Resumo


Vanessa Ferreira da Silva1,Camylla Cavalcante Soares de Freitas, Anne Caroline Rodrigues Barbosa3, Gabriela Sousa Martins Melo4, Manuela Pinto Tibúrcio5, Gilson de Vasconcelos Torres6.

É importante á precisão dos métodos de aferição da pressão arterial, seguindo as normas técnicas básicas de mensuração da PA1. As falhas são consequências das lacunas na formação do conhecimento dos acadêmicos, pois falta aprofundamento nas abordagens teóricas e práticas2. Dessa forma, é importante descrever as falhas mais frequentes neste procedimento, objetivando uma assistência de qualidade, sendo o PA um indicador importante para a saúde e preditor de morbidade cardiovascular3. Nesse sentido, objetivou-se identificar as principais falhas dos acadêmicos do 5º e do 9º períodos do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) relacionado à mensuração da pressão arterial. Estudo descritivo, realizado com 29 participantes. A coleta de dados ocorreu no Departamento de Enfermagem (UFRN), no laboratório de habilidades. Foram incluídos: acadêmicos matriculados no 5º e 9º períodos do curso de graduação em enfermagem da UFRN durante a coleta de dados; ter cursado a disciplina de Semiologia e Semiotécnica da enfermagem; e estar presente no período da coleta de dados. Verificou-se a habilidade através de uma lista de verificação, contendo 38 passos divididos em blocos (observações iniciais-7, passos da técnica-27 e observações finais-4). Os dados foram categorizados no Excel e processados no SPSS 20.0 através de estatística descritiva. Obteve parecer favorável do Comitê de Ética do HUOL (CAAE 0002.0.294.000-10). Observou-se um total de 29 alunos do 5º e 9º período (100%), onde 16 (55,17%) do 5º, e 13 (44,82%) do 9º período. Nas observações iniciais, o passo da higienização das mãos obteve maior média de falhas no 9° período (13,7%). Este percentual não se caracterizou pela técnica incorreta, e sim pela não realização do procedimento. Já no passo de realização da desinfecção da campânula e olivas do estetoscópio o 5°, o índice de erro (3,4%) se deu apenas na desinfecção das campanula. Quanto ao passo da técnica, nenhum acadêmico dos dois períodos realizou a medida da circunferência do braço do cliente de forma correta. No passo de posicionamento do cliente, 20,6% dos acadêmicos do 9º deixaram o paciente com as pernas cruzadas. Nas observações finais apenas no passo de higienização das mãos não foi realizado, destacando o 5° com média de 34,4%. Os resultados mostraram uma diferença entres as falhas dos alunos iniciantes nas disciplinas de prática (5º período) e os concluintes do curso (9º período). O destaque se foi para o passo da medida da circunferência do braço do cliente, em que nenhum acadêmico realizou de forma correta. E nas observações iniciais e finais, destacou-se a não higienização das mãos como o passo acometido pelos erros. Com a identificação das fragilidades, pode se minimizar as inadequações e rever os pontos de deficiência.

Descritores: Alunos de enfermagem; Ensino; Enfermagem; Determinação da pressão arterial.


Palavras-chave


Alunos de enfermagem;Ensino; Enfermagem; Determinação da pressão arterial.

Referências


  1. Ribeiro CCM, Lamas JLT. Comparação entre as técnicas de mensuração da pressão arterial em um e em dois tempos. Rev Bras Enferm. [Internet]. 2012 [acesso em: 20 set 2014]; 65(4): 630-6. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=267024790012
  2. Alavarce DC, Pierin AMG. Elaboração de uma hipermídia educacional para o ensino do procedimento de medida da pressão arterial. Rev Esc Enferm USP. [internet] 2011 [acesso em: 23 set 2014]; 45(4):939-44. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S008062342011000400021&script=sci_arttext
  3. Anjos AM, Nunes FLS, Tori R. Avaliação de habilidades sensório-motoras em ambientes de realidade virtual para treinamento médico: uma revisão sistemática. J Health Inform. [internet] 2012 [acesso em: 20 set 2014]; 4