Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO À TUBERCULOSE COMO FERRAMENTA DE ACOLHIMENTO NUMA UNIDADE DE SAÚDE
Jamile Rodrigues Cosme de Holanda, Amélia Resende Leite, Marcia Jaqueline de Lima, Verusa Fernandes Duarte, Samuel Wesley Freire Sousa, Suzane da Paz de Oliveira

Última alteração: 2016-01-20

Resumo


A tuberculose (TB) é uma prioridade dentre as políticas de saúde do Brasil. Dessa forma, as Ações de Vigilância em Saúde, do Pacto da Atenção Básica e da sua inclusão na Agenda Estratégica da Secretaria de Vigilância em Saúde, tem por objetivo a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2050. A TB é uma doença infecciosa e contagiosa, descoberta pelo cientista Robert Koch, em 1881, o qual denominou como causador o Mycobacterium tuberculosis, bactéria também conhecida como bacilo de Koch. O desenvolvimento da doença se relaciona com as condições de vida das populações e, entre os principais fatores de risco estão: o contato com pessoas doentes, aglomerações populacionais, condições socioeconômicas precárias, exposição profissional, desnutrição, dependência química e doenças ou condições imunossupressoras. O objetivo foi Oferecer um fluxograma de atendimento a tuberculose numa Unidade de Saúde de Mossoró/RN. O tipo da pesquisa foi descritiva, exposta através de relato de experiência. Durante o desenvolvimento de um projeto de extensão em Tuberculose, no qual busca sintomáticos respiratórios na área de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vereador Lahyre Rosado na cidade de Mossoró. Observou-se a necessidade de construção do fluxograma, uma vez esse usuário não saber a quem se dirigir. Com a confecção desse instrumento de acolhimento, o fluxo do serviço responderia as necessidades dessa clientela. A construção seguiu 4 etapas, coleta de dados, observar o atendimento, planejamento de ações com a Equipe de Saúde da Família (ESF), execução e avalição: conhecimento e vivência na UBS por um mês, a fim de constatar a dinâmica do serviço junto aos profissionais; Observar a assistência ao portador de TB, seus comunicantes e  Sintomáticos Respiratórios; Reunião com a ESF com vista à reorientação e acolhimento dessa clientela, criação junto a ESF de um fluxograma de atendimento, passando três messes ate a conclusão. Sabe-se que o acolhimento é uma das ferramentas mais expressivas da Política Nacional de Humanização, pois ao chegar num serviço de saúde o usuário traz consigo limitações, essa proposta surge para que a dinâmica do trabalho se torne mais resolutiva, e possa criar vínculos entre o profissional de saúde e usuários. Surgiram inúmeros desafios, principalmente em relação aos Agentes Comunitário de Saúde, com o reconhecimento de campo por não se disporem; resistência na busca de casos; dificuldade nas reuniões para esclarecimento e treinamento sobre a TB, entretanto obtivemos vários pontos positivos como o apoio da enfermeira da unidade, valorizando o projeto e incentivando para uma boa disseminação e atuação na a área de abrangência e incluindo a UBS, com a instalação do fluxograma, constatou-se uma melhor absorção das informações tanto por partes dos profissionais como dos pacientes, pois as ações tornaram-se mais direcionadas e resolutivas e ágeis para encaminhamento ao setor responsável. Diante de todo trabalho realizado, podemos constatar êxito nas atividades relacionadas à instalação do fluxograma, aumentando a busca ativa dos casos e facilidade na obtenção das informações na ESF, assim, agilizando o atendimento e qualificando o serviço oferecido.


Palavras-chave


Enfermagem em Saúde Comunitária; Tuberculose; Fluxo de Trabalho.

Referências


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