Última alteração: 2015-10-26
Resumo
Introdução: Na sondagem vesical de demora (SVD), considerada um procedimento complexo, torna-se necessário para a sua execução, a aplicação de conhecimentos científicos e a habilidade associada ao saber-fazer, pelo fato da SVD ser um dos principais fatores de risco para infecção em pacientes hospitalizados. 1-3Objetivo: Verificar a habilidade dos acadêmicos do 9° período da graduação em Enfermagem sobre SVD. Método: Estudo descritivo, realizado com 14 participantes, os quais foram avaliados no Departamento de Enfermagem – UFRN, no laboratório de habilidades. Critérios de inclusão adotados: ser regularmente matriculado no 9º período do curso de graduação em enfermagem da UFRN durante a coleta de dados, ter cursado a disciplina de Semiologia e Semiotécnica da enfermagem e estar presente no período da coleta de dados. Verificou-se a habilidade através de uma lista de verificação, contendo 38 passos divididos em blocos (observações iniciais-7, passos da técnica-27 e observações finais-4). Os dados foram categorizados no Excel e processados no SPSS 20.0 através de estatística descritiva. Obteve parecer favorável do Comitê de Ética do HUOL (CAAE 0002.0.294.000-10). Resultados: No bloco de observações iniciais, a quantidade de acertos variou de 4 a 6, com média de 5,2 (desvio padrão-DP=0,80); a etapa de preparação do material necessário para a técnica obteve menor índice de acerto (7,1%) e 100% alunos desenvolveram corretamente a etapa de obtenção do consentimento do paciente e promoção da sua privacidade. Quanto ao bloco passos da técnica, houve grande variação na quantidade de acertos, sendo esta de 12 a 24 passos, média de 17,6 (DP=3,89), a etapa de fixação da sonda na região supra-púbica obteve a menor porcentagem de acerto entre os alunos, com 14,3%. Já referente ao bloco de observações finais, que obteve média de 2,9 (DP=0,86), variando de 1 a 4 acertos, em duas etapas (promover o conforto do paciente e lavagem das mãos) sobressaíram-se com o quantitativo de 85,7% de acerto, diferentemente da etapa de orientação aos cuidados com a SVD que obteve o menor quantitativo de acertos com 35,7%. Conclusão: Pelo fato da SVD ser uma técnica complexa que requer conhecimento e consequentemente maior habilidade, torna-se necessário trabalhar a articulação teoria/prática. Bem como atuar de forma mais contundente nas principais fragilidades, buscando contribuir para formação cada vez mais qualificada, o que irá refletir na qualidade assistência.
Palavras-chave
Referências
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