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O tabagismo é a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer – INCA. Ele está dentro dos Transtornos Relacionados por uso Substâncias, segundo o DSM IV, provocando dependência e abstinência, acarretando males a usuários que estão dentro desse diagnóstico.

Diante disso, a Estratégia Saúde da Família – ESF atua no sentido de promover saúde e desenvolve grupos em saúde para grupos de populações específicas. Tendo em vista a importância de combater o tabagismo, foi formado o Grupo de Tabagismo na Unidade Básica de Saúde Maria Neide Da Silva Souza em Mossoró-RN, o qual teve a finalidade de ajudar e apoiar fumantes que tivessem a intenção de abandonar o vício. Para a formação do grupo foi realizado por uma pesquisa pela Agente Comunitária de Saúde, no qual quatro pessoas sinalizaram o desejaram de parar de fumar – dois homens e duas mulheres.

O Grupo de Tabagismo é um grupo de apoio e seguiu as cartilhas elaboradas pelo INCA “Deixando de fumar sem mistérios”, como material de apoio aos participantes e facilitadores. Assim, é um grupo fechado tendo a duração de quatro encontros semanais. Ao decorrer dos encontros foi possível que os participantes contassem a sua relação com o tabagismo, modo pelo qual o grupo conhecesse um pouco da história de cada um e os vários desdobramentos que a dependência tem na vida de cada sujeito. Foi debatido também situações que levam a fumar, a forma como estavam lidando para diminuir a quantidade de cigarros fumados, as estratégias que eram colocadas no grupo para diminuir a fissura, bem como os sintomas de desconfortos decorrentes da abstinência.

Os encontros foram acompanhados por relatos dos benefícios adquiridos com a interrupção da dependência, como a melhora do paladar e a diminuição da tosse, sintoma típico de fumantes. No último encontro, as duas participantes conseguiram parar de fumar, tendo em vista que as mesmas possuíam uma história de mais de dez anos sendo tabagistas. Os outros participantes continuavam sem conseguir parar de fumar, diminuído a quantidade de cigarros consumidos.

É possível compreender que o tratamento ao tabagismo deve ser amplo, trabalhando aspectos sociais, emocionais e motivacionais dos usuários. De modo que, os profissionais de saúde devem estar atentos a isso, tentando oferecer atendimento integral – doutrina a qual direciona a assistência à saúde preconizada pelo SUS.

Atenção Primária à Saúde; Educação em Saúde; Poluição por Fumaça por Tabaco; Dependência; Tratamento