Atualmente, a Insuficiência Renal Crônica é considerada um problema de saúde pública mundial. No Brasil, a incidência e a prevalência estão aumentando, conforme dados do censo de 2013 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) o número projetado para pacientes em tratamento dialítico no Brasil é de 100.397. Contudo, mesmo com os avanços tecnológicos em saúde e com o intuito de prolongar o tempo de vida desses pacientes, a hemodiálise acarreta complicações e alterações fisiológicas que afetam o bem-estar desses usuários. Este trata-se de um relato de experiência de uma acadêmica de enfermagem que durante sua prática vivencial do cuidado percebeu que o processo de hemodiálise é capaz de gerar situações conflituosas no cotidiano do paciente, e que as sensações de medo e a angústia são sentimentos existentes na rotina desses. Diante deste observou-se profissionais distantes, com pouca sensibilidade para implicar-se ao que se refere ao cuidado integral, percebe-se, portanto, a importância de uma visão holística deste profissional diante do paciente hemodialítico, ressaltando não apenas a patologia, mas também os fatores biopsicossociais. Conclui-se, portanto, que diante deste cenário faz-se necessário a sensibilização dos profissionais e gestores no que se refere a importância da implementação e utilização das práticas integrativas e complementares em saúde a serem desenvolvidas durante as sessões de hemodiálise uma vez que estas práticas têm como seu princípio basilar a abordagem desta atenção integral à saúde do indivíduo, estimula sua autonomia, contribuindo positivamente o processo exaustivo de tratamento proporcionando o fluir das emoções e retomada do ânimo para o enfrentamento à doença.