Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: revisão de literatura
Kezauyn Miranda Aiquoc, Daniele Vieira Dantas, Rodrigo Assis Neves Dantas, Augusto Cesar Bezerra Nobre, Lívia Maria Nunes Henriques, Helena Marta Alves Nunes, Jéssica Cristhyanne Peixoto Nascimento, Ellen de Fátima Lima Vasconcelos, José Joandson de Souza dos Santos, Izabelle  Cristine Tarquinio de Carvalho , Sabrina Daiane Gurgel Sarmento, Karen Rayara Bezerra Lima, Larissa Lima Moulin

Última alteração: 2015-10-29

Resumo


Introdução: O Decreto N° 7053/2009, que instituiu a Política Nacional para a População em Situação de Rua , considera como população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados, bem como a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os espaços públicos e as áreas degradadas como moradia e para sobrevivência. Segundo pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a maioria da população em situação de rua está nesta condição por problemas de saúde ou uso de álcool/drogas. Além disso, a precária condição de vida dessa população favorece o aparecimento de doenças secundárias, uma vez que está sujeita a violência, água de baixa qualidade, alimentação incerta, precárias condições de higiene e falta de apoio emocional (BRASIL, 2012). Diante disso, torna-se um desafio prestar assistência à saúde dessa população, principalmente no que diz respeito à adesão e continuidade do tratamento. Objetivo: identificar os principais fatores que interferem na adesão e continuidade do tratamento da população em situação de rua. Método: Pesquisa bibliográfica, realizada em setembro/2015, na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e no Google Acadêmico, com descritores: “População em situação de rua” and “Continuidade do tratamento”. Selecionaram-se 4 artigos, publicados na íntegra, entre 2008 setembro/2015, em português. Além disso, utilizou-se 1 manual do Ministério da Saúde, 1 cartilha do Ministério Público de Minas Gerais, 1 relatório, 1 sumário executivo do MDS e 1 Decreto Federal. Resultados: os principais fatores que interferem na adesão e continuidade do tratamento são: baixa autoestima, transtornos mentais, a vida na rua que impossibilita a regularidade do uso da medicação, roubo dos pertences individuais e/ou seu recolhimento pelos órgãos públicos, adscrição e acesso dos usuários, o engessamento de horários e dias de atendimento. Conclusão: Buscando minimizar esses fatores dificultantes, tornam-se necessários programas que aproximem os profissionais dessa população, através de uma linguagem mais simples e construção de vinculo. Um exemplo desses programas são os consultórios na rua que têm equipe completa e capacitada para atender as peculiaridades desses usuários, no entanto o acesso ainda não é garantido a todos.

Descritores: População em situação de rua. Continuidade do tratamento. Revisão.


Palavras-chave


População em situação de rua; Continuidade do tratamento; Revisão

Referências


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