Tamanho da fonte:
Ações de Educação em Saúde com Agentes Comunitários de Saúde: o cuidado em Saúde Mental.
Última alteração: 2015-10-25
Resumo
Este resumo relata experiências de ações de Educação em Saúde vivenciada pelos residentes de Saúde Mental Coletiva da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) com Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Maracanaú/CE. O serviço de referência das residentes são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), quando atuam em Rede, tem-se um estágio nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Podemos conhecer mais de perto o trabalho desenvolvido pelos ACS, percebendo as limitações e dificuldades e as potencialidades de suas intervenções territoriais. O desenvolvimento deste trabalho justifica-se por envolver uma atividade de educação em saúde, focando-se no desenvolvimento dos ACS, o que leva de forma direta a um fortalecimento da Saúde Mental. Articulamos estratégias de intervenção com esses atores do Sistema Único de Saúde (SUS), realizamos visitas domiciliares em conjunto, percebendo os vínculos estabelecidos com a família e a comunidade. Foi percebido que havia uma carência de um conhecimento técnico, mínimo, no que diz respeito à Saúde Mental. Organizamos rodas de conversas debatendo assim questões ligadas à Saúde Mental. Os encontros acontecem por Área de Vigilância em Saúde (AVISA), forma de divisão territorial do município em seis áreas de saúde. Aplicado em primeiro momento, a matriz F.O.F.A. (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), pensando o território em que estão inseridos. Percebemos que havia sim desejo de um maior conhecimento técnico em Saúde Mental, uma vez que elas já possuíam um conhecimento empírico, a partir da sua vivência cotidiana. São profissionais essenciais para se trabalhar em conjunto no território, trazendo as reais potencialidades e os desafios da comunidade. É necessário absorver tamanho conhecimento dos ACS, haver um maior reconhecimento e capacitação para essa categoria, uma vez que são essenciais na produção de cuidado, pois se encontram em contato direto com a comunidade. Durante as discussões na equipe de residentes, podemos perceber que durante as suas falas e em seus aspectos físicos, muitos agentes se mostraram também adoecidos, não sabendo lidar com seu próprio sofrimento, precisando também de cuidados. Faz-se necessário o diálogo estreito e sistemático da Saúde Mental integrante na Atenção Primária, reconhecendo os atores importantes no território, como os ACS, estando mais próximo da comunidade, o cuidado se torna mais efetivo, sendo eles que estão “à frente” da produção e prevenção de saúde no território.
Palavras-chave
EDUCAÇÃO EM SAÚDE; AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE; SAÚDE MENTAL.