Última alteração: 2015-10-26
Resumo
INTRODUÇÃO: O processo do envelhecimento ocorre de forma dinâmica e progressiva, apresentando alterações no organismo, ocasionando uma maior fragilidade em decorrência de diversos fatores, como a debilidade muscular. Devido a estas alterações, a grande incidência de quedas em idosos se torna frequente, cerca de 30% da população idosa no Brasil cai ao menos uma vez por ano, a qual 5% tem como consequência as fraturas. OBJETIVO: Analisar o risco de quedas em idosos institucionalizados. METODOLOGIA: O estudo foi do tipo descritivo quantitativo com delineamento transversal. A população foi composta por idosos institucionalizados, sendo a amostra composta por 14 idosos que possuem moradia fixa ou frequência diária no espaço solidário, tendo idade mínima de sessenta anos e de ambos os gêneros. Para a coleta de dados foi utilizado um teste de alcance funcional, sendo realizadas três repetições para o deslocamento anterior e lateral e em seguida calculadas as médias para o deslocamento realizado. Para a mensuração foi utilizada uma fita métrica para quantificar o deslocamento e uma fita adesiva para realizar as marcações dos alcances obtidos. Para a análise dos dados foi empregada uma estatística descritiva simples, sendo apresentada em forma de média, desvio padrão, gráficos e tabela de dados. RESULTADOS: Foram avaliados 14 idosos, sendo 11 mulheres correspondente a 78,6% da amostra com média de idade entre (+78,9) anos e 3 homens correspondentes a 21,4% com média de idade entre (+73,3). Como média geral da amostra a idade foi equivalente a (+77,7) com desvio padrão de (+9,8). Na avaliação do risco de quedas, foi possível verificar que ao comparar a média geral entre homens e mulheres no deslocamento anterior, às mulheres obtiveram uma menor média em comparação com os homens, levando em consideração que a quantidade de mulheres supera a quantidade de homens. As mulheres obtiveram uma média de deslocamento de (+32,1cm) com desvio padrão de (+24, 4 cm) e os homens com média de deslocamento de (+ 51,0 cm) com desvio padrão de (+ 42,5 cm). Ao analisar o deslocamento lateral, as mulheres também obtiveram uma menor média de deslocamento quando comparada com os homens. CONCLUSÃO: Os idosos não apresentaram um risco de quedas, mesmo as mulheres tendo obtido média de deslocamento anterior e lateral inferior aos homens, porém permaneceram fora da classificação de risco, pelo fator de ambos os gêneros terem conseguido deslocamentos superiores a 15 cm.
Palavras-chave
Referências
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