Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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Processo de territorialização em saúde: caracterizando o usuário hipertenso
Jose Almeida, Patrícia Morais, Ana Nicola, Elayne Xavier

Última alteração: 2015-10-26

Resumo


INTRODUÇÃO: Territorialização é o reconhecimento do território segundo a lógica das relações entre condições de vida, ambiente e acesso às ações e serviços de saúde. Os profissionais da Atenção Básica são responsáveis por mapear a área de atuação, identificando famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, agravando-se esse desenvolvimento quando combinada com o diabete. OBJETIVO: Identificar o perfil dos usuários hipertensos cadastrados na Unidade Básica de Saúde Dr. José Holanda Cavalcante/ Mossoró-RN. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, realizada entre abril e setembro de 2015. Analisou-se as informações contidas na Ficha A do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) referentes a sexo, idade, escolaridade, dieta, prática de atividade física regular, tabagismo, medicamento utilizado e presença de Diabetes Mellitus associada. Identificou-se as informações por micro área juntamente com seu respectivo agente comunitário de saúde (ACS). Em seguida, fez-se análise descritiva dos dados levantados. RESULTADOS: A área adscrita pela UBS está dividida em 6 micro áreas, abrangendo 766 famílias, 2.620 pessoas, dentre elas 1.214 homens e 1.379 mulheres. 797 usuários estão na faixa etária entre 30 e 59 anos, enquanto 188 tem mais de 60 anos de idade. 206 usuários são hipertensos, 62 diabéticos e 28 hipertensos e diabéticos. Entre os hipertensos, 66,5% (137) são do sexo feminino e 33,5% (69) do sexo masculino. 80% (165) são escolarizados. 15% (30) é tabagista e 85% (176) não fez ou não faz mais uso do tabaco. 68% (140) não pratica atividade física regular, sendo que 32% (66) fazem caminhadas de 2 a 3 vezes por semana. Os medicamentos mais utilizados são hidroclorotiazida, captopril e losartana. CONCLUSÕES: Os usuários hipertenso desse território são predominantemente mulheres, alfabetizados, não tabagistas e não praticantes de atividade física regular. Torna-se imprescindível a implantação de um programa efetivo de educação e promoção à saúde que vise um controle e uma corresponsabilização sobre a condição de saúde desses clientes. Destaca-se a necessidade de uma atuação multiprofissional para o enfrentamento desse problema de saúde.


Palavras-chave


Hipertensão Arterial Sistêmica; Atenção Básica; Promoção á Saúde.

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 58 p. – (Cadernos de Atenção Básica; 16) (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

STARFIELD, B. Atenção primaria: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília, DF: UNESCO; Ministério da Saúde, 2002.

TEIXEIRA, C. F. 1994. A construção social do planejamento e programação local da vigilância a saúde no Distrito Sanitário. In: Planejamento e programação local da Vigilância da Saúde no Distrito Sanitário (E. V. Mendes, org), p. 43-59, OPS. Série Desenvolvimento de serviços de saúde, nº13, Brasília.