Última alteração: 2015-10-28
Resumo
Introdução: a sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Esta infecção ocorre através de contato sexual, transfusão de sangue, transplante de órgão, ou por transmissão congênita via transplacentária. A Sífilis Congênita recebe maior destaque para a saúde pública devido à alta frequência com que produz desfechos graves para a gestação e para a criança tais como distúrbios dermatológicos, neurológicos, ósseos e cardiovasculares, abortamento espontâneo, morte fetal e neonatal, prematuridade e danos à saúde do recém-nascido, com efeitos psicológicos e sociais. Assim, o Ministério da Saúde preconiza que durante a assistência pré-natal toda gestante seja submetida a pelo menos dois exames de VDRL, com solicitação do exame na primeira consulta e outro por volta da 28ª semana gestacional. Deve-se ainda realizar novo teste de VDRL no momento do parto para garantir ao recém-nascido a possibilidade de tratamento precoce, caso a gestante não tenha sido tratada ou tenha se reinfectado após o tratamento. Objetivo: identificar a prevalência de casos notificados de Sífilis Congênita nas regiões brasileiras. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico com dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde brasileiro, ano 2014, das regiões do Brasil. Foram coletados 9234 casos de sífilis congênita, cadastrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, e por serem dados secundários, disponibilizados de modo coletivo, não havendo identificação dos indivíduos, dispensou-se a aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos, conforme os aspectos éticos da Resolução nº 466/2012. Resultados: o Brasil, em 2014 notificou 9234 casos de Sífilis Congênita, onde as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram as maiores prevalências de casos de notificação compulsória com 39,57% (3654) e 35,66% (3293), respectivamente, enquanto as demais apontaram proporções menores, tendo a região Sul percentual de 10,02% (926), a Norte de 10,68% (987), e em destaque a Centro-oeste com a menor prevalência de 4,05% (374). Conclusão: observa-se variação expressiva na prevalência de casos de sífilis congênita notificados nas regiões brasileira de 39,57% (3654) no Sudeste para 10,68% (987) no Nordeste.
Palavras-chave
Referências
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