Rede Unida, Encontro Regional Centro-Oeste 2014

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HIPERTENSÃO ARTERIAL E SEUS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE
Rosely Almeida Souza

Última alteração: 2014-11-05

Resumo


Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como determinantes sociais de saúde (DSS) as condições nas quais as pessoas vivem e trabalham e que abrangem condições sociais, econômicas, culturais, étnicas, psicológicas e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde. Os DSS podem influenciar a epidemiologia de várias doenças, como por exemplo da Hipertensão Arterial que está diretamente relacionada ao estilo de vida e que é a mais frequente das doenças cardiovasculares e o principal fator de risco para complicações. Compreender os DSS da hipertensão expressa a intenção de desenvolver ações sobre a causalidade dessa doença, identificando os principais mecanismos e os que podem ser modificados por ações específicas. Contudo, apesar de avanços nas pesquisas pouco se conhece sobre os DSS de indivíduos hipertensos. Objetivo: Identificar os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na base de dados eletrônica da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) a qual abrangeu artigos científicos publicados no período de 2005 a 2012. Os descritores utilizados para a localização dos artigos foram: “determinantes sociais”, “determinantes sociais em saúde” e “hipertensão arterial”. A busca foi realizada no mês de abril de 2013. Os critérios de inclusão foram: artigos em texto completo, publicados em português e inglês. Resultados: Após a leitura dos artigos selecionados, os determinantes sociais de saúde identificados foram: analfabetismo, baixa renda familiar, condições precárias de moradia, obesidade, má nutrição, inatividade física, desigualdades sociais, uso de álcool e drogas, fatores emocionais, características socioculturais, dificuldade de acesso ao serviço de saúde entre outros. Considerações finais: Foi possível observar que a HAS pode ser explicada pela relação com o contexto social e estilo de vida. Isso nos leva a pensar que os profissionais de saúde devem construir estratégias assistenciais que contemple as diferentes necessidades do indivíduo com hipertensão. Compreender os aspectos mais amplos da vida dos seres humanos, possibilita contornar determinadas situações agressoras de sua saúde. Para os profissionais de enfermagem é possível que esses incorporem a articulação desses conhecimentos com suas habilidades e ações voltadas para a população hipertensa, interagindo no estilo de vida desta população, com um modelo sistematizado e individualizado, despertando o interesse e responsabilidade que estes indivíduos têm consigo mesmos, implicando em sua auto-transformação, fortalecendo políticas públicas e participação popular, levando em consideração as necessidades locais desta população. Investir em educação em saúde nas práticas diárias dos hipertensos e que tem como agravantes diversos e diferentes tipos de determinantes sociais de saúde em suas vivências pode ser uma ferramenta adequada a incentivar o indivíduo a participar do seu processo saúde doença. A educação em saúde aparece como um eixo norteador possibilitando a promoção da saúde em parceria da família no acompanhamento ao tratamento da pessoa com hipertensão e contribuindo para adesão às condutas terapêuticas de controle da HAS com mais facilidade.


Palavras-chave


determinantes sociais; hipertensão arterial; determinantes sociais em saúde