A Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) consiste em uma modalidade de formação de profissionais. Possibilita a articulação e inserção no contexto de trabalho em saúde, na prática profissional juntamente com maior diálogo entre diferentes áreas de formação. O presente trabalho é parte da produção desenvolvida para o Trabalho de Conclusão de Curso da Residência, que discorre sobre o processo subjetivo, ético e político da vivência enquanto psicóloga residente em saúde, com ênfase em saúde indígena, tendo como principal campo de atuação o Hospital Universitário da Grande Dourados/ HUGD. Ao longo do trabalho, proponho discutir três grandes temáticas. O processo de experiências que o ser/estar residente possibilitou, discutindo as vivências nos campos de estágios em que circulei. A provocação que a realidade da RMS me levou a discutir sobre a formação permanente em saúde, principalmente no que diz respeito à saúde indígena. E por fim, as nuances do contexto do trabalho em saúde, realidade que se dá de maneira complexa, e que é atravessado por diversos fatores que influenciam diretamente na qualidade do trabalho desenvolvido. De modo geral, a experiência na RMS me possibilitou explorar a ousadia e a sensibilidade no encontro com usuários e as estratégias para trabalhar juntamente com estes na promoção de saúde e do cuidado. Por outro lado, as vivências em diferentes contextos de estágios, indicam problemáticas no âmbito da atuação na Saúde Indígena, da proposta de educação em saúde da RMS, da saúde do trabalhador de saúde, dentre outros. Ao fim, destaco que as discussões levantadas neste trabalho ainda estão se construindo e se fortalecendo conforme o processo de escrita do Trabalho de Conclusão da Residência se dá, bem como o caminhar nas experiências da RMS.