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ESTRATÉGIAS DE ADESÃO À CAMPANHA VACINAL CONTRA O VÍRUS INFLUENZA.
Última alteração: 2014-11-09
Resumo
INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, diversas epidemias foram relatadas devido a novos vírus respiratórios atípicos, como o H5N1 (gripe aviária) e o H1N1 (gripe suína). A última preocupação diz respeito à variante H7N9, oriundo da mutação genética do vírus clássico da gripe aviária. No Brasil, campanhas de vacinação são realizadas durante duas semanas do mês de abril, período que antecede a época mais fria do ano e após a identificação das cepas virais mais prevalentes em nosso Hemisfério. Tais campanhas do Ministério da Saúde (MS) são vinculadas com apoio da mídia na rede de Atenção Básica. OBJETIVO: Descrever as estratégias de adesão na vacinação contra o vírus Influenza no ano de 2014. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo, analítico, com coleta em dados secundários nacionais, no mês de julho de 2014, do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização do Banco de Dados do Ministério da Saúde – DATASUS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para o ano de 2014 almejou-se alcançar em torno de 49,6 milhões de pessoas (80 % da população alvo). No entanto, após as duas semanas de campanha para a imunização contra o vírus Influenza, que ocorreram no período de 22 de abril a 09 de maio de 2014, apenas 27.025.489 (66,17%) pessoas receberam a vacina contra a gripe. Constatou-se que durante o período da campanha, houve uma adesão menor que 50% na população do grupo prioritário. Com a prorrogação proposta pelo MS, os municípios desenvolveram diversas estratégias para uma melhor adesão, tais como: busca ativa do grupo prioritário e cadastramento de locais estratégicos para pontos de vacinação. Assim, juntamente com estratégias de educação em saúde para a conscientização da população, obteve-se a meta de 80%, anteriormente proposta pelo MS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As adesões vacinais intensificam-se por meio das estratégias de divulgação, sejam elas feitas diretamente pelo profissional da saúde, ou por vias de exposição, como televisões, rádios e internet. Sendo assim, constatou-se a importância da adoção de uma política estratégica, com maior envolvimento e conscientização de todos os agentes envolvidos, associada ao incremento da divulgação, de uma forma ampla, para o alcance das metas dentro do prazo estipulado. É de competência do profissional de saúde a educação sistematizada ao longo das suas atividades. Esta tem como objetivo promover ações preventivas às doenças, com foco na adesão da população às campanhas de vacinação. Desta forma, acredita-se que novos estudos devam ser realizados, com vistas a complementar as questões aqui expostas.
Palavras-chave
campanha vacinal; adesão; influenza
Referências
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