Última alteração: 2014-11-09
Resumo
A Doença de Alzheimer corresponde na atualidade, à forma mais comum de demência, causando um grande comprometimento cognitivo e comportamental no envelhecimento. É uma doença neurológica degenerativa progressiva que compromete o cérebro causando a diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento, alterações comportamentais e fisiológicas e demência. O objetivo do estudo foi descrever o enfrentamento dos familiares e cuidadores do idoso portador da doença de Alzheimer. O estudo foi realizado através de revisão bibliográfica, referente ao período de 1984 a 2012; foram consultadas as bases de dados eletrônicos: Scielo, LILACS e BIREME, sendo utilizados os seguintes descritores: Cuidador, Demência senil, Diagnóstico e Doença de Alzheimer. Foram encontrados 53 publicações, sendo 36 artigos da literatura nacional, 17 artigos da literatura internacional. A análise das publicações selecionadas leva para a seguinte afirmação: a doença corresponde, atualmente, à forma mais comum de demência. Os idosos portadores vivem, em sua grande maioria, na comunidade e à medida que a doença progride, surge a demanda por cuidados especiais sendo estes realizado por cuidadores, que na maioria das vezes são seus familiares e apresentam idade superior a 60 anos. As alterações fisiológicas e biológicas no idoso exigem participação e ajuda dos familiares e/ou dos cuidadores. Observa-se que para adaptação do idoso, portador de Alzheimer, no ambiente familiar, ocorre uma profunda mudança no estilo de vida dos familiares para incluir as novas necessidades de seu membro doente. Desta forma, é necessário que a equipe de saúde realize aos cuidadores orientação dos cuidados adequados a cada cliente, devendo implantar os processos de humanização diante da fragilidade adquirida pela família.
Palavras-chave
Referências
ABREU, I. D; BARROS, H. L & FORLENZA, O. V. Demência de Alzheimer: correlação entre memória e autonomia. Revista de Psiquiatria Clínica. 2005,
ALVAREZ, M. A., et al. Reabilitação Neuropsicológica na Doença de Alzheimer. Revista de Psiquiatria clínica. São Paulo. 2001.
ÁVILA, R. M. Reabilitação Neuropsicológica de déficits de memória em pacientes com demência de Alzheimer. Revista de Psiquiatria clínica. São Paulo. 2002.
BERTOLUCCI PH, et al.. Applicability of the CERAD neuropsychological battery to Brazilian elderly. Arq Neuropsiquiatr. 2001.
BERTOLUCCI, P. H. F. Manual do cuidador – Doença de Alzheimer na fase leve. ABRAZ . São Paulo. 2006.
BLALOCK, E.M.; et al. Incipient Alzheimer’s Disease: Microarray Correlation Analyses Reveal Major Transcriptional and Tumor Suppressor Responses. Proc Natl Acad Sci. USA. 2004.
BOTTINO, L. M. L., et al. Reabilitação cognitiva em pacientes com Doença de Alzheimer. Arquivo Neuropsiquiátrico. São Paulo. 2002.
BRAAK, H.; BRAAK, E. Neuropathological Stageing of Alzheimer-Related Changes. Acta Neuropathol. 1991.
CALDAS, P. L. Cuidando do idoso que vivencia uma síndrome demencial: a família como cliente de enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem. Florianópolis. 2001.
CALDEIRA, A. P. S.; RIBEIRO, R. C. H. M.. O enfrentamento do cuidador do
idoso com Alzheimer. Arq. Ciênc. Saúde. 2004.
CÂMARA, D. C, MENEZES, A. K. & CAMPOS, C. M. T. Atendimento interdisciplinar a pacientes com demência e seus cuidadores. Revista de Geriatria e Gerontologia. 1998.
CARAMELLI, P. Neuropatologia da Doença de Alzheimer In: Forlenza, O.V.; Carameli, P. (eds). Neuropsiquiatria geriátrica. Rio de Janeiro: Atheneu. 2000.
CARVALHO FILHO, E. T. & PAPALÉO NETTO, M. Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. São Paulo: Atheneu, 2000.
CERQUEIRA, A.T. de A.R.; OLIVEIRA, N.I.L.. Programa de apoio a cuidadores: uma ação terapêutica e preventiva na atenção à saúde dos idosos. USP. Psicologia. 2002.
CRUZ, M.N.; HAMDAN, A.C.. O impacto da doença de Alzheimer no cuidador. Psic. Estud. Maringá. 2008.
CID-10. Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1997.
De Paula JA, Roque FP, Araújo FS. Qualidade de vida em cuidadores de idosos portadores de demência de Alzheimer. J Bras Psiquiatr. 2008.
Diamond, J. Report on Alzheimer’s Disease and current research. Toronto: Alzheimer Society of Canada. (2008).
ENGELHARDT, E. Quanto às demências degenerativas – Doença de Alzheimer e outras demências. Considerações diagnósticas. Informação Psiquiátrica. São Paulo. 1998.
FERNANDES, M.G.M.; GARCIA, T.R. Determinantes da tensão do cuidador familiar de idosos dependentes. Rev Bras Enferm 2009.
FORLENZA, O.V. Tratamento farmacológico da doença de Alzheimer. Rev. Psiq. Clín. 2005.
FROTA, N.A.F.; et al.. Critérios para o diagnóstico de doença de Alzheimer. Grupo para Recomendações em Doença de Alzheimer e Demência Vascular da Academia Brasileira de Neurologia. Dementia & Neuropsychologia. 2011.
GARBIN, C.A.S. et al.. O envelhecimento na perspectiva do cuidador de idosos. Ciênc. Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. 2010.
GARRIDO, R. & ALMEIDA, P. O. Distúrbio de comportamento em pacientes com demência. Arquivo Neuropsiquiátrico. São Paulo. 1999.
GOATE, A.; et at. Segregation of a Missense Mutation in the Amyloid Precursor Protein Gene with Familial Alzheimer’s Disease. Nature. 1991.
GONÇALVES E. A. G.; CARMO, J.S. Diagnóstico da Doença de Alzheimer na População Brasileira: um Levantamento Bibliográfico. Revista Psicologia e Saúde. 2012.
HAMPEL, H.; et al.. Measurement of Phosphorylated Tau Epitopes in the Differential Diagnosis of Alzheimer Disease: a Comparative Cerebrospinal Fluid Study. Arch Gen Psychiatry. 2004.
HEYMAN, A.; et al.. Alzheimer’s Disease: a Study of Epidemiological Aspects. Ann Neurol. 1984.
HOGLUND, K.; et al..Plasma Levels of Beta-Amyloid (1-40), Beta-Amyloid (1-42), and Total Beta-Amyloid Remain Unaffected in Adult Patients with Hypercholesterolemia After Treatment with Statins. Arch Neurol. 2004.
KARSCH, U.M. Idosos dependentes: famílias e cuidadores. Cad Saúde Pública. 2003.
KLUNK, W.E.; et al.. Imaging Brain Amyloid in Alzheimer’s Disease with Pittsburgh Compound-B. Ann Neurol. 2004.
LEVY-LAHAD, E.; et al.. A familial Alzheimer’s Disease Locus on Chromossome 1. Science. 1995.
LEWCZUK, P.; et al. Amyloid Beta Peptides in Cerebrospinal Fluid as Profiled with Surface Enhanced Laser Desorption/Ionization Time-of-Flight Mass Spectrometry: Evidence of Novel Biomarkers in Alzheimer’s Disease. Biol Psychiatry. 2004.
LIM G.P.; et al.. Ibuprofen suppresses plaque pathology and inflammation in a mouse model for Alzheimer's disease. J. Neurosci. 2000.
LOCK, M.. A Mente Molecularizada e a Busca da Demência Incipiente. Revista Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. 2005.
LOKVIG J, BECKER JD. Alzheimer de A a Z. Verus. São Paulo. 2005.
LUDERS, S. L. A. & ASTORANE, M. S. B. Demência: impacto para a família e a sociedade. In: Papaléo Netto, M. Gerontologia – a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. Atheneu. São Paulo, 2000.
MCKHANN G.; et al. Clinical diagnosis of A l z h e i m e r’s disease: report of the NINCDS-ADRDA work group under the auspices of department of health and human services task force on Alzheimer’s disease. Neurology 1984.
MARCONE, M.A; LAKATOS, E.M. Fundamentos de Metodologia Cientifica. Atlas. São Paulo. 2005.
MARTINI, S.A.. O enigma do idoso. (Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Maria – RS). Santa Maria. 2007.
NITRINI R.; et al. Testes neuropsicológicos de aplicação simples para o diagnóstico de demência. Arq Neuropsiquiatr. 1994.
NORDON, D.G; ESPÓSITO, S.B. Atualização em esclerose lateral amiotrófica. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. Sorocaba. 2009.
PELZER, T. M. & FERNANDES, R. M. Apoiando a família que cuida de seu familiar idoso com demência. Texto & Contexto Enfermagem. Florianópolis. 1997.
PENNANEN, C.; et al. Hippocampus and Entorhinal Cortex in Mild Cognitive Impairment and Early AD. Neurobiol Aging. 2004.
PIVETTA, M.. Na raiz do Alzheimer. Ciência e tecnologia no BR pesquisa
FAPESP 153. 2008.
POTTER, A. P. & PERRY, G. A. Crescimento e desenvolvimento. In: Grande tratado de enfermagem prática. Clínica e Prática Hospitalar. Santos. São Paulo. 2000.
POULIN, P.; ZAKZANIS, K.K. In Vivo Neuroanatomy of Alzheimer’s Disease: Evidence from Structural and Functional Brain Imaging. Brain Cogn. 2002.
Sano, M.; et al.. A controlled trial of selegiline, alpha-tocopherol, or both as treatment for Alzheimer's disease. The Alzheimer's Disease Cooperative Study, New England Journal of Medicine. 1997.
SAYEG, N.. Doença de Alzheimer: guia do cuidador. São Paulo. 1991.
Smith, M. A. C. Doença de Alzheimer. Revista Brasileira de Psiquiatria. 1999.
VAN DUIJN, C.M. Epidemiology of the Dementias: Recent Developments and New Approaches. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1996.
VERAS, R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev. Saúde Pública. São Paulo. 2009.