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A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE COM ANEMIA FALCIFORME
Última alteração: 2014-11-09
Resumo
INTRODUÇÃO: Estima-se que 300 mil crianças com a doença falciforme nascem no mundo anualmente (BRASIL, 2009). Resultado da substituição de um ácido glutâmico pela valina na posição seis da cadeia beta na hemoglobina (FERNANDES et al, 2010). Esse problema passou a ser mais debatido em decorrência do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), instituído pela portaria nº 822/2001. Através da Triagem Neonatal ocorre a pesquisa da anemia falciforme (KIKUCHI, 2007). Os sinais clínicos são infecções, dor aguda, inflamação, entre outros (BRASIL, 2009). Frente a esse problema de saúde pública questiona-se qual deve ser o papel do enfermeiro, que atua na atenção básica, no cuidado a essas crianças e o adolescente. OBJETIVO: Avaliar o papel do enfermeiro no atendimento de Enfermagem aos clientes com anemia falciforme. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Realizou-se uma revisão integrativa buscando identificar o papel do enfermeiro no cuidado às crianças e adolescentes com anemia falciforme. Tal método sumarizar pesquisas, incluindo pesquisas experimentais e não experimentais; e possibilita identificar novas informações e atualização acerca do tema. Realizou-se na LILACS. Critérios de inclusão: estudos em português e inglês, na integra, publicados nos últimos 10 anos, e abordavam o tema. Critérios de exclusão: estudos com mais de 10 anos, não disponibilizados na integra. Como descritores foram utilizados “Atenção Primária a Saúde”, “Anemia Falciforme”, “Triagem Neonatal”. Após leitura dos estudos foi realizado a análise dos mesmos em níveis de evidência proposto por Melnyk e Fineout-Overholt. RESULTADOS: No Brasil cerca de 3500 crianças por ano nascem com a doença falciforme (BRASIL, 2009). O maior número de casos de mortalidade ocorre nos primeiros cinco anos de vida. Pela resolução nº 311/2007 o enfermeiro tem como dever realizar a Educação em Saúde. Relacionar essa atividade com a anemia falciforme é visualizado em três momentos, principalmente na gestante; são eles: a pré-concepção, a gestação e o pós-parto. Realizar um planejamento familiar também faz parte das atividades do profissional Enfermeiro, de tal modo que exista orientação sobre as possibilidades dessa mãe poder gerar um filho que tenha a HbSS (DELUCA et al, 2013). O PNTN, como forma de identificar rapidamente àqueles que carregam o gene homozigoto SS é de extrema importância para poder trabalhar as intervenções na criança e no adolescente, tais como: manter atualizado o calendário vacinal, administrar a medicação necessária, manter acompanhamento constante com esse cliente sempre solicitando exames de rotina, além de outras medidas necessárias de cuidados e tratamento (BRASIL, 2009). CONCLUSÃO: Conclui-se que são necessários maiores estudos para aprimorar a assistência de enfermagem a esta população com tantas necessidades de saúde. É importante ressaltar que esses estudos e pesquisas devem ser cada vez mais incorporados à prática diária do Enfermeiro. CONTRIBUIÇÕES PARA ENFERMAGEM: Ser um agente político de transformação social contribui de forma positiva com os cuidados de enfermagem aos clientes com alterações hematológicas, oferecendo ao mesmo maior longevidade e melhores condições de vida. Através da autonomia deste profissional em realizar a união entre o biológico, social, educacional e as práticas cidadãs, fortalece mais sua imagem de transformador.
Palavras-chave
Enfermagem, Anemia Falciforme, Triagem Neonatal
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de educação em saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 2 v. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
FERNANDES, Ana Paula Pinheiro Chagas; JANUÁRIO, José Nélio; CANGUSSU, Camila Blanco; MACEDO, Daniela Lino de; VIANA, Marcos Borato. Mortality of children with sickle cell disease: a population study. J Pediatr (Rio J). 2010; 86(4):279-284.
KIKUCHI, Berenice A. Assistência de enfermagem na doença falciforme nos serviços de atenção básica. Rev. bras. hematol. hemoter. 2007;29(3):331-338.
DELUCA, Jane; ZANNI, Karen L.; BONHOMME, Natasha; KEMPER, Alex R. Implications of Newborn Screening for Nurses. Journal of Nursing Scholarship, 2013; 45:1, 25–33.