Última alteração: 2014-11-08
Resumo
Objetivo: Identificar fatores preditores do crescimento e desenvolvimento infantil em crianças menores de 2 anos de idade. Metodologia: Trata-se de dados parciais de um estudo transversal realizado nos cenários de prática do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (Pet-Saúde) da UFMS. Foram incluídas crianças menores de 2 anos de idade, cujos pais aceitaram participar assinando o Termo de Consentimento. A coleta de dados realizou-se mediante aplicação de uma entrevista estruturada aos pais ou responsáveis no período de janeiro a agosto de 2014 em 2 UBSF, 2 NASF e 2 serviços de especialidades em Campo Grande – MS. Resultados: A amostra parcial foi composta de 131 crianças, sendo 56,5% do sexo feminino e 43,5% do sexo masculino. Quanto ao nascimento 7,0% nasceram prematuras e 47,2% de cesarianas. Sobre amamentação, 88,0% foram amamentados e dentre as menores de 6 meses de idade 86,1% ainda amamentam, contudo, apenas 45,6% em aleitamento materno exclusivo. A amamentação continuada dentre as crianças maiores de 6 meses continuam para apenas 54,5%. Considerando-se que a adequação do cuidado infantil depende diretamente das habilidades ou capacidades maternas influenciadas pela sua escolaridade, verificou-se que 99,2% das mães são alfabetizadas com média de 9,72 anos de estudo. A importância da renda familiar exerce sobre o crescimento da criança tem sido bastante considerada na literatura, uma vez que estudos demonstram maiores déficits de crescimento em famílias com menor alocação de recursos. A partir disso, constatou-se que 69,5% possui renda familiar de até 2 salários mínimos, configurando a classe baixa (classe E) e apenas 3,1% acima de 5 salários mínimos (classe média ou C). Em relação ao ambiente de moradia 96,2% a é feita de alvenaria, 90,1% possui distribuição de água da rede geral municipal, 43,5% com rede coletora de esgoto e 100% com coleta pública de lixo. Sabe-se que as variáveis relacionadas ao domicílio, representam um conjunto de causas intermediárias da determinação do crescimento infantil, sofrendo também, influencia das condições socioeconômicas. Conclusão: Embora a grande maioria das famílias seja de baixa renda, as mães são alfabetizadas e possuem condições boas de saneamento básico com água tratada e coleta de lixo; fatores esses importantes para a promoção da saúde infantil. Quanto ao binômio mãe-bebê observou-se elevada taxa de cesariana e baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo, sugerindo a necessidade de intensificação das ações de promoção das boas práticas do parto e nascimento, visando garantir um melhor início de vida a nossas crianças promovendo crescimento e desenvolvimento saudável e qualidade de vida às futuras gerações.
Palavras-chave
Referências
FONTINHA, L. D. Prematuridade, desenvolvimento motor, conhecimento sobre o desenvolvimento Infantil e sentimento de competência parental: um estudo comparativo entre crianças prematuras e de termo, em idade pré-escolar. 2014. 126f. Dissertação – Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa. Lisboa, 2014