Rede Unida, Encontro Regional Centro-Oeste 2014

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ENFERMAGEM E PLANTAS MEDICINAIS: USO DE FITOTERÁPICOS COMO PRÁTICA TERAPÊUTICA
Raysa Muriel Silva, Isabella Menezes dos Santos, Rosângela Farias Kawakita, Maria da Graça da Silva

Última alteração: 2014-11-08

Resumo


Introdução: A palavra fitoterapia é derivada do grego phitos, que significa plantas, e terapia, que quer dizer tratamento. A fitoterapia é o recurso de prevenção e tratamento de doenças com plantas medicinais, é a forma mais antiga e fundamental de medicina da Terra. As plantas contêm princípios ativos capazes de curar diversas doenças e foi a partir do reconhecimento destas propriedades terapêuticas que se deu o surgimento da medicina alopática moderna. Os fitoterápicos podem advir de substâncias in natura, manipuladas ou industrializadas Objetivo: Analisar, nos últimos dez anos, o papel do enfermeiro em orientar e assistir a população ao uso de fitoterápicos como prática terapêutica. Descrição metodológica: revisão integrativa, seguindo os passos estabelecidos por Broome (2006). A questão norteadora do estudo foi: "Como os enfermeiros utilizam os fitoterápicos na sua prática terapêutica?". Resultados: Amostra composta por seis estudos; dois no nível de evidência cinco e quatro no nível de evidência seis, sendo dois estudos descritivos exploratórios; um estudo descritivo; dois estudos qualitativos e um utilizando a técnica de grupo focal e um descritivo exploratório de abordagem qualitativa. Discussão: Identificou-se que a prática de fitoterápicos ainda é empírica, origem sócio-familiar, antigamente a maioria da população era de origem humilde sendo esta prática a única economicamente acessível, sendo pouco valorizada pelos profissionais de saúde. A população acredita que por se tratarem de plantas, as mesmas não causam malefícios à saúde, dispensando a prescrição por um profissional da saúde. Conclusão: Percebe-se a prática de plantas medicinais realizadas de forma empírica e cultural, a maioria da população era de origem humilde e esta prática terapêutica era a única economicamente acessível. Esta prática perpetua até os tempos atuais pela associação de produtos advindos da natureza considerados benéficos a saúde, entretanto desconhecem seus possíveis efeitos adversos. O Brasil desvaloriza os próprios recursos, por falta de investimento em pesquisas; falta de interesse dos profissionais em aprofundar o conhecimento na área e aplicar esta prática em seus serviços de saúde.  Contribuição para a Enfermagem: O uso de fitoterápicos possibilita uma assistência individualizada focada no cliente. A formação do enfermeiro em um sistema biomédico, aonde há predomínio do uso indiscriminado dos fármacos industrializados, desconhecendo as terapias alternativas, como a fitoterapia, reduz o incentivo destes profissionais de se atualizarem, dificultando a assistência prestada. Diante disto atentamos a importância do investimento em pesquisa e da atualização dos profissionais de saúde, que devem mostrar-se disponível à troca de experiências, apoderando-se do conhecimento cientifico, podendo assim minimizar os agravos do uso indiscriminado destas terapias alternativas e valorizando os produtos regionais e a cultura de seu país.


Palavras-chave


Fitoterapia; Plantas Medicinais; Enfermagem

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Brasília - DF, 2006.

BROOME, M. E. Integrative literature reviews for the development of concepts. In: RODGERS, B. L.; CASTRO, A. A. Revisão sistemática e meta-análise. 2006.