Rede Unida, Encontro Regional Centro-Oeste 2014

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Educação em Saúde e sua influência positiva na vida dos Agentes de Combate a Endemias
Diego da Silva Machado, Caroline Cabral Zampieri Gonçalves, Eloína de Matos Fonseca, Layza Sá Rocha, Paola Carvalho dos Santos Oliveira, Thays Luana da Cruz, Suzi Rosa Miziara Barbosa

Última alteração: 2014-11-08

Resumo


Introdução: Os agentes de Combate a Endemias (ACE) são profissionais que atuam diretamente no combate de doenças com potenciais endêmicos promovendo a prevenção e promoção de saúde. No ano de 2010, os ACE foram incorporados às atividades da Atenção Básica com o objetivo de fortalecer as ações de vigilância em saúde. Logo esse importante profissional fortalece a equipe de Saúde da Família atuando em conjunto, e assim diminuindo os índices crescentes das epidemias no município de Campo Grande - MS. Apesar da importância destes trabalhadores, há uma escassez literária quanto a esses profissionais, resultando no desconhecimento do processo de trabalho, dos riscos e, sobretudo, do processo saúde-doença. Este projeto orienta o processo de ensino-aprendizagem e fortalecer o elo ensino-serviço-comunidade. Desta maneira, se fez necessário investir em promoção e prevenção dos agravos para estes trabalhadores por meio de uma equipe multidisciplinar. Isso porque, os danos ocorridos aos trabalhadores são de origem multicausal. Assim, tornam-se perceptíveis os principais motivos relacionados ao absenteísmo, à dinâmica do processo de trabalho e às possíveis causas de comorbidades decorrentes do trabalho. Descrição da experiência: A metodologia da educação em saúde esta sendo realizada por meio de orientações que visam a melhor qualidade de vida. Inicialmente, foram feitos acompanhamentos da rotina de trabalho para identificação dos principais problemas.Atualmente, essas ações estão sendo realizadas e abordam assuntos como: ergonomia no trabalho (com incentivo da ginástica laboral diária); identificação dos fatores de risco das doenças crônicas não-transmissíveis, por meio de avaliação antropométrica e do consumo alimentar; educação nutricional; orientações sobre automedicação; doenças relacionadas ao trabalho e higiene ocupacional. No final do projeto, será entregue uma cartilha com todas as orientações realizadas nas ações.Impactos: O processo de educação na área da saúde pode ser representado pelas mais diferentes atividades, as quais estão interligadas a partir de ações de educação correspondentes aos estímulos na busca por atrair o indivíduo a participar do processo de educação, seguido de formas práticas de aquisição e formação de hábitos em prol da assimilação, construção e reconstrução de experiências. Os mecanismos de orientação, didática e terapêutica também fazem parte de um enfoque entre os métodos de transmissão e veiculação de conhecimentos. As intervenções estão em andamento, porém já é notável uma melhor disposição para o autocuidado por meio de relatos sobre a continuidade da ginástica laboral e outras atividades durante a jornada de trabalho. Considerações Finais: Por fim, o projeto aponta para a necessidade de uma intervenção que estimule a participação dos trabalhadores como agentes de mudança. Espera-se que outras vertentes de proteção à saúde sejam adquiridas como hábitos na vida destes trabalhadores, pois estes são os sujeitos ativos no processo saúde-doença, cabendo à equipe multidisciplinar direcioná-los para estas condutas.


Palavras-chave


Saúde Ocupacional; Absenteísmo; Educação em Saúde.

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