Rede Unida, Encontro Regional Centro-Oeste 2014

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RELATO DE EXPERIÊNCIA: AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE O ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM OBSTETRÍCIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO
Thaís Mity Shirado Michels, Caroliny Oviedo Fernandes, Rodrigo Domingos de Souza, Danilo Oliveira Franca de Nazareth, Iluska Lopes Schultz, Cristina Brandt Nunes, Maria Auxiliadora de Souza Gerk

Última alteração: 2014-12-17

Resumo


INTRODUÇÃO: A garantia do acolhimento e a classificação de risco em Obstetrícia é uma das diretrizes propostas pela Rede Cegonha (2011) do Ministério da Saúde. A proposta é direcionar a reorganização dos processos de atendimento dos serviços obstétricos e neonatais. O acolhimento corresponde à atenção integral da clientela desde a sua entrada no serviço de saúde até o momento de alta hospitalar. A classificação de risco em Obstetrícia é norteada por um protocolo de atendimento e organização de fluxos, baseado nos sinais e sintomas apresentados por cada gestante e tem como finalidade ordenar a demanda do serviço e identificar a paciente crítica ou mais grave a fim de se possibilitar um atendimento rápido e seguro. O “Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia (A&CR)”, lançado pelo MS em 2014 visa reorganizar a porta de entrada e todo o atendimento nas maternidades e serviços que realizam partos, além de auxiliar o profissional de saúde a partir do julgamento clínico embasado em protocolo fundamentado cientificamente. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A ação de educação em saúde fez parte das atividades propostas pelo Módulo Práticas Interdisciplinares VI aos estudantes do sexto semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Dessa forma, foi realizada uma ação educativa em outubro de 2014 sobre a Classificação de Risco em Obstetrícia com um grupo de profissionais composto pela enfermagem e recepção, em um total de cinco pessoas do Centro Obstétrico de um Hospital de Ensino em Campo Grande- MS.  O objetivo foi explicar aos participantes sobre a importância do trabalho multiprofissional na implantação da referida classificação no seu local de trabalho. A atividade foi desenvolvida por meio de apresentação de slides, vídeo demonstrativo e um estudo de caso. Ao término da explanação dos conteúdos, os participantes responderam a um questionário avaliativo das ações realizadas. IMPACTOS: Os participantes da ação entenderam o conceito da Classificação de Risco e a importância do acolhimento às gestantes. Em relação às facilidades de aplicação da Classificação, os participantes apontaram: a utilização de cores como um método dinâmico de classificação; local adequado; e profissional precisa ser qualificado para o atendimento. Quanto à possível dificuldade para a adoção da Classificação informaram: a não adesão pelo restante da equipe. Quanto à avaliação da ação, mencionou-se a forma objetiva, clara e completa da abordagem realizada pelos acadêmicos. Para os discentes participantes da atividade, a experiência agregou conhecimento sobre o assunto, interação com outros profissionais de enfermagem e administrativos, a necessidade da participação e do interesse de uma equipe multidisciplinar para a implantação da Classificação de Risco. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O acolhimento e Classificação de Riscos realizados de modo efetivo e organizado vêm contribuir para o alcanço dos princípios propostos pelo Sistema Único de Saúde. Essa atividade propiciou aos estudantes uma vivência na implantação de um serviço atual, acompanhando também suas dificuldades, propiciando novas pesquisas para a melhoria do serviço de Classificação de Risco Obstétrico.