Última alteração: 2014-11-08
Resumo
A população brasileira é uma das que envelhecem mais rapidamente no mundo, aumentando assim a carga de doenças crônicas, exigindo a adoção de um novo modelo de atenção à saúde para o país. Dentre estas, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença crônica com maior prevalência entre adultos e possui natureza multifatorial. Considerando a magnitude da HAS, este projeto de intervenção (PI) aborda o problema e de seus fatores de risco mais relevantes, bem como de que forma estão eles associados à presença desta doença na população atendida pelo Centro de Especialidades Médicas (CEM) Olívio Ferreira de Lima, de Maracaju/MS. O PI visa conhecer o perfil dos portadores de HAS e promover atividades de orientação e de prevenção quanto a alimentação e atividades físicas, incentivando sua participação no programa HiperDia. Foi aplicado um questionário pelos agentes comunitários de saúde em 15 hipertensos evadidos do HiperDia, esses participaram de todas as etapas do PI, destes 10 eram do sexo masculino e a maioria 06 encontram-se na faixa etária de 49 a 65 anos, 11 dos hipertensos do PI consumiam uma alimentação inadequada para o tratamento não-medicamentoso da HAS e 12 não praticam atividades físicas regularmente e todos no início encontravam-se com a pressão arterial (PA) descontrolada. Após a caracterização dos hipertensos, foram realizadas no CEM, atividades multidisciplinares através de encontros mensais de fevereiro a junho de 2014, com avaliações pressométricas, ações educativas abordando a HAS e a importância da adesão ao tratamento, alimentação saudável, práticas corporais e atividades físicas orientadas. Este PI pôde mostrar o perfil dos hipertensos evadidos do tratamento, para que assim se pudessem traçar estratégias para melhorar a adesão destes ao tratamento da doença e mostrar aos hipertensos a importancia das ações não medicamentos no controle da PA, pois ao final deste PI todos apresentavam a PA controlada. A criação de um PI com ações de educação em saúde voltadas aos hipertensos possibilitou a identificação e tratamento não-medicamentoso destes pacientes, reinserindo-os no HiperDia e reduzindo riscos e divulgando o trabalho da equipe multidisciplinar.