Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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METODOLOGIA ATIVA NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: UM DIA NO PERCURSO DA REDE
Rogério Andrade dos Santos

Última alteração: 2015-10-29

Resumo


Os alunos de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no Campus Lagarto-SE vivem sua formação por de metodologias ativas (PBL e Arco de Marguerez) e interação ensino-serviço. A aula que gerou este trabalho pretendia apresentar um estudo do percurso de pacientes na rede de saúde, porém uma patologia acabou se tornando referência na discussão posterior à vivência. As atividades iniciaram em uma UBS onde fica a sede do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), com os alunos sendo recebidos pela coordenadora do NASF, que apresentou o serviço, a equipe de profissionais, o projeto de construção de outra equipe em um povoado e se dispôs a responder questionamentos dos alunos. Surgiram debates sobre o papel do NASF e alguns desvios que ocorrem, perpassando a função de matriciamento. Terminou respondendo à pergunta que a patologia mais incidente na atenção básica é hipertensão. Em seguida os alunos foram ao Hospital Regional, transitaram pelas alas pediátrica, amarela, vermelha (ou semi-UTI) sala de espera (verde) clínica médica (azul), psiquiatria infantil e UTI. Em cada espaço se observava procedimentos, instrumentos e setores do hospital. Na ala amarela, o médico plantonista explicou como classificam o onde paciente  ficará, destacando possuir mais casos de pacientes hipertensos, AVE e diabéticos. Na UTI os alunos foram divididos em dois grupos e entraram para conhecer o espaço físico, procedimentos possíveis à Terapia Ocupacional e a rotina do setor. Saindo do Hospital todos se dirigiram ao Ambulatório Reabilitação Física da Terapia Ocupacional na UFS, para observar o atendimento da Terapeuta Ocupacional. Após a liberação dos pacientes a terapeuta apresentou o espaço, mostrou a lista de espera já que no município é o único local com esse serviço e respondeu depois de perguntada que dos 12 pacientes atendidos 8 são sequelados de AVE. Esta aula foi demasiadamente intensa e corrida, pois foram vários locais em apenas um dia, porém foi importante vivenciar desta forma, por haver uma sequência lógica nos percursos desses serviços quando a atenção básica e hospital geral possuem casos de hipertensão e AVE e no Ambulatório de Reabilitação maioria de pacientes sequelados de AVE. O NASF aumentou as intervenções da ESF, incluindo a reabilitação em suas atividades, que historicamente era associada à atenção secundária e terciária de forma reparadora, baseando a reabilitação também em ações coletivas e territoriais, responsabilizando a comunidade com a inclusão social da pessoa com deficiência, estimulando o protagonismo dos sujeitos, das famílias e da comunidade na mobilização coletiva para a promoção de qualidade de vida, diminuindo barreiras arquitetônicas e atitudinais, e garantindo acesso a informações sobre saúde. Para o NASF atuar com reabilitação vários setores precisarão trabalhar juntos, como urbanismo, educação, ação social e saúde para a construção de uma comunidade que permita vida ativa para estas pessoas.

Palavras-chave


Terapia Ocupacional; percurso; rede de saúde

Referências


Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica nº 27. Cap 3: Reabilitação e a Saúde Integral da Pessoa Idosa no NASF . Pag 52-65. Brasília : Ministério da Saúde. 2009