Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O VER-SUS PARAHYBA COMO INSTRUMENTO PARA FORMAÇÃO DE ATORES NA CONSOLIDAÇÃO DO SUS
Priscylla Alves Nascimento Freitas, Geísa Dias Wanderley, José Félix de Brito Junior, Israel Dias de Castro, Deborah Zuleide de Farias Melo, Luciana Maria Pereira de Sousa

Última alteração: 2015-11-12

Resumo


APRESENTAÇÃO: O projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde é uma iniciativa governamental de incentivo e fomento à articulação entre movimentos sociais, instituições de ensino e serviços de saúde para realizar eventos, seminários e vivências, com o objetivo principal de sensibilizar estudantes da área da saúde para sua futura atuação profissional ser comprometida com o fortalecimento do SUS. Desenvolvimento: O VER SUS Parahyba partiu de iniciativa de estudantes da área da saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que se aglutinam num coletivo auto-organizado chamado “Coletivo da Saúde UFPB”, grupo que já se organiza há quase 10 anos na referida universidade. Em diálogo com a Gerência de Educação na Saúde (GES) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), fortalecemos a construção do projeto e tivemos permissão de ida a diversos serviços oferecidos (atenção básica e média complexidade) pela gestão. A vivência ocorreu entre 01 e 10 de março de 2015, com alojamento no Diretório Central de Estudantes da UFPB, reuniu 34 viventes, 7 facilitadoras, e 12 da comissão organizadora. As vivências percorreram diversas unidades de saúde da família, serviços da rede de atenção psicossocial (Centros de Atenção Psicossocial e unidade de emergência psiquiátrica), centros e núcleo de práticas integrativas e complementares e maternidade. A base teórica da vivência foi a metodologia Josué de Castro, onde dividimos todos os viventes, facilitadores e comissão organizadora em pequenos grupos, à fim de que eles tivessem sua própria identidade e fortalecesse os vínculos entre si, por ser um espaço protegido para críticas e resolução de problemas de convivência, também que houvesse divisão de tarefas. Essas noções de vivência devem fortalecer o sentimento de solidariedade, responsabilização e construção coletiva para fortalecer esse componente afetivo do processo ensino-aprendizagem. Antes de cada espaço eram elaboradas questões norteadoras para orientar a observação e análise dos elementos encontrados nas diversas realidades. A programação foi cumprida com superação das expectativas do projeto inicial, com interação entre comissão organizadora, facilitadoras e viventes, buscando reflexão a cerca das experiências e resolução dos percalços da vivência, respeitando a construção horizontal do saber. RESULTADOS: O estágio de vivências se encerrou com uma avaliação positiva de todos os envolvidos, contando com falas sob várias perspectivas, que revela que a posição ocupada enquanto gestor, trabalhador, acadêmico, usuário, militante, altera também seu modo de enxergar o SUS. Evidenciou-se que todos, sobretudo os viventes, tiveram a oportunidade de ampliar o horizonte e se entender atuante na construção do SUS universal, integral, estatal e de qualidade. Conclusão: A partir da experiência pode-se constatar que a proposta do VER-SUS é efetiva no tocante a mudança na forma como o estudante enxerga tanto sua graduação, quanto a futura atuação enquanto trabalhador da saúde. Permitiu, ainda que existisse contato com a realidade de gestão, ponto muito falho na maiorias das graduações e que resulta em despreparo para assumir essa função. Por fim, acredita-se na expansão e realização de vivências cada vez mais aprofundadas e sensibilizadoras que impulsione a formação de mais protagonistas na consolidação do sistema.

Palavras-chave


VERSUS; Formação em saúde; Movimento estudantil