Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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EDUCAÇÃO PERMANENTE DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)
VIVIANE TORQUETI FELISERTO SOUZA, LUCIANE APARECIDA PEREIRA LIMA

Última alteração: 2015-11-12

Resumo


O objetivo desse trabalho é apresentar um relato da experiência da participação, organização e realização das Oficinas de Educação Permanente, promovida por enfermeiros integrantes do Colegiado da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para todos os enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande/MS nos anos de 2014 e 2015. O Colegiado da SAE vem atuando desde 2008 com foco na produção de ferramentas que facilitem o processo de descrição diagnóstica de enfermagem, Porém após vários anos de produção o grupo entendeu que necessitava disseminar e compartilhar as produções. Desta forma realizamos 10 oficinas divididas em 5 módulos para facilitar a inclusão de novos profissionais no processo de educação permanente e oportunizar a todos os enfermeiros, participar do processo de aprendizagem coletiva, com maior aprofundamento da SAE no âmbito municipal. Foram divididos da seguinte forma: Módulo colegiado com foco na analise coletiva da SAE na atualidade e do levantamento das necessidades de educação permanente; Módulo Pesquisa, Módulo Equipe de Enfermagem, Módulo Comitê, Módulo Avaliação de Impacto. No modulo colegiado através de oferta e demanda dos grupos, estudo de casos promovia-se a discussão de dificuldades, agendas, atribuições, enfrentamentos e necessidade de mudanças no processo de trabalho do enfermeiro. Após as rodas de conversas apresentávamos as produções do colegiado e de forma cogeridas realizávamos as validações e correções. A escolha da utilização da Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem (CIPE), surgiu a partir dos diálogos entre as oficinas,onde o grupo identificou a necessidade de readequação das ferramentas utilizadas pelo colegiado, passando então a utilizar e viabilizar a aplicabilidade da CIPE, devido ser a única reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e que se adéqua aos diferentes campos de atuação do enfermeiro. O colegiado da SAE sempre esteve preocupado na não culpabilização dos profissionais de enfermagem e sim nas proposições de mudanças, pactuando com os participantes das oficinas a aplicabilidade da CIPE na consulta de enfermagem, em diferentes ciclos de vida. A Educação Permanente possui como principal meta, tornar a saúde pública no Brasil uma rede de ensino e aprendizagem com foco no trabalho por meio de ações propositivas, criticas e reflexivas1. A proposta colegiada da SAE é uma aposta que parte dos princípios da Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, sendo um desafio no qual se propõe a inseparabilidade da atenção e da gestão, da clínica e da política, a valorização do protagonismo e autonomia dos sujeitos, a tríplice inclusão dos sujeitos e analisadores sociais, promovendo a completude do enfermeiro na sua essência do cuidar. Assim a experiência da organização e realização das Oficinas da SAE pode proporcionar através da cogestão, mudanças nos processos de trabalho dos enfermeiros da Rede Municipal de Saúde bem como reflexão da prática, descrição diagnóstica do enfermeiro, gerando novos projetos com foco no apoio, científico, educação permanente, e referência nas práticas profissionais.

Palavras-chave


EFormação continuada; Diagnóstico de enfermagem; Educação pe rmanente; Processos de enfermagem

Referências


CECCIM RB. Educação permanente em saúde: Descentralização e disseminação de capacidade pedagógicana saúde. Ciênc Saúde Colet. 2005;10(4):975-86.

CAMPOS, Gastão Wagner Souza. Saúde Paidéia. São Paulo; Editora Hucitec. 2003