Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Itinerário terapêutico e Linha de cuidado de Homens com Diagnóstico de  Doença Sexualmente Transmissível no Setor DST-UFF/Niterói
kelly cristina da silva cunha, Rebecca Faray Ferreira Lopes

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: O itinerário terapêutico (IT) pode ser descrito como sinônimo de busca de cuidados terapêuticos que envolvem práticas individuais e socioculturais de saúde em termos dos caminhos percorridos por indivíduos, na tentativa de solucionarem seus problemas de saúde. Na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é direito do homem ter acesso à assistência à saúde de maneira contínua e integral. Em todos os níveis da atenção, na perspectiva de uma linha de cuidado que estabeleça uma dinâmica de referência e de contrareferência entre a atenção básica e as de média e alta complexidade, assegurando a continuidade no processo de atenção. Permite a articulação e qualificação das ações preventivas e assistenciais executadas pela rede de serviços de saúde, desde a Atenção Básica até os outros níveis de atenção, com maior resolutividade e humanização. Para DST não foi encontrado uma linha de cuidado específica.  Produzido pelo Ministério da Saúde o “Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis" apresenta recomendações para atenção às DSTs de maneira continuada envolvendo prevenção, diagnóstico e tratamento. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Participando de um Projeto de Iniciação científica sobre itinerário terapêutico e linha de cuidado de homens portadores de DST, o contexto em que ocorreu a coleta de dados foi no Setor DST localizado em Niterói no campus "Valonguinho" da Universidade Federal Fluminense, setor responsável por diagnóstico e tratamento de DST. Entre os sujeitos que participaram da pesquisa, foram selecionados homens com diagnóstico de DST. Foram convidados a participar da entrevista, o contato aconteceu pessoalmente, com homens que vinham até o ambulatório para consulta, realização de exames, encaixes e uma exceção acompanhante que já havia se tratado anteriormente no Setor. A partir da aceitação inicial do sujeito, explicávamos o propósito da pesquisa e usamos Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCE), pois estávamos também utilizando um roteiro de pesquisa vinculado ao nosso projeto de iniciação científica. As abordagens aconteceram na sala de espera antes dos atendimentos. RESULTADOS OU IMPACTOS: Quando pesquisamos sobre linha de cuidado, Na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem encontramos um pouco da presença do direito do homem a essa assistência continua e integral: “Assistência à saúde do usuário em todos os níveis da atenção, na perspectiva de uma linha de cuidado que estabeleça uma dinâmica de referência e de contrareferência entre a atenção básica e as de média e alta complexidade, assegurando a continuidade no processo de atenção. Permite a articulação e qualificação das ações preventivas e assistenciais executadas pela rede de serviços de saúde, desde a Atenção Básica até os outros níveis de atenção, com maior resolutividade e humanização.” Para a DST não foi encontrado uma linha de cuidado específica. Em algumas referências bibliográficas em sites do Ministério da Saúde encontramos o “Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis" com recomendações para essa atenção continuada envolvendo prevenção, diagnóstico e tratamento. ANALISANDO OS CASOS: Os pacientes não procuram a clínica de imediato, pois só após ir a um primeiro local de atendimento ou conversando informalmente com conhecidos ficam sabendo da existência de um local apropriado para a procura deles, em sua maioria procuram os serviços quando já está comprometendo a relação sexual, a vida cotidiana. Os pacientes chegam ao serviço de saúde, desconfiados de estarem com câncer e não de ter DST. Grande parte dos diagnósticos são de HPV por já terem ambulatórios direcionados a Hepatites virais e AIDS. A indicação do setor está presente nas falas de todos os homens entrevistados. Ao surgimento dos sintomas, a resolução por conta própria (uso de ervas, uso de produtos comerciais, etc.) configura as primeiras atitudes tomadas pelos entrevistados. Ainda não se tem uma a linha de cuidado para DST, como se pode ter atenção a esse grupo de doenças? Com a falta de investimentos em serviços especializados, há um estresse cotidiano dos profissionais que lutam por uma melhor qualidade de atendimento e reconhecimento. A linha de cuidado inclui a prevenção, educação em saúde entre outros fatores, porém com essa falta de estrutura, reconhecimento e repasse de verbas infelizmente o trabalho do setor se reduz ao muito mal ao diagnóstico e tratamento, mesmo com o aumento DST ainda falta há invisibilidade deste grupo de doenças. A atenção básica falha, não acolhe esse usuário e logo manda para outro lugar acarretando problemas. Os encaminhamentos são um problema. Outro problema que percebemos a falta de preparo dos profissionais de saúde no diagnóstico de DST, um caso recente de um paciente que chegou ao Setor estava com hérnia, foi encaminhado mesmo sem ter sido examinado nem pretado atenção em seus sinais e sintomas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atenção precária do SUS às DSTs justifica ainda a existência de grandes números de casos mesmo tendo maneiras de controle e prevenção. Portanto, as doenças sexualmente transmissíveis deveriam ser mais notadas pelo ministério da saúde, pois se tornaram um grande problema de saúde pública.

Palavras-chave


itinerário terapêutico; saúde do homem; Doenças Sexualmente Transmissíveis

Referências


inexistente** Erro de sintaxe **