Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O DESAFIO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NO TRABALHO DE ENFERMEIROS(AS) DA ATENÇÃO BÁSICA
Tatiana Almeida Couto, Adilson Ribeiro dos Santos, Rose Manuela Marta Santos

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: A Educação Permanente em Saúde – EPS traz um aspecto inovador nas maneiras de promover a qualificação dos profissionais da saúde, uma vez que toma o próprio processo de trabalho como ponto de análise com a capacidade de mudança. A educação dos trabalhadores é fator essencial para o desenvolvimento da sociedade que vive em constantes transformações. No mundo do trabalho, a possibilidade de educação permanente deve contemplar a incorporação de novas tecnologias, e a própria pressão social deve desencadear processos que assegurem a cidadania. OBJETIVO: Analisar os desafios no processo de trabalho de enfermeiros (as) na Atenção Básica em um município de pequeno porte. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, sendo a análise de dados realizada através da Análise de Conteúdo Temática de Laurence Bardin. Os sujeitos da pesquisa foram oito enfermeiros que atuam nas Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Itajuípe, na Bahia. Este estudo teve seus aspectos éticos avaliados e acompanhados pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. RESULTADOS: Através de diálogo individual com os participantes, foram realizados questionamentos sobre tais temáticas: “De que maneira você percebe os processos educativos em seu processo de trabalho?” e “Quais atividades são realizadas na unidade de saúde que você trabalha?” Foi observado como fatores que impedem o uso da EPS no processo de trabalho, o não conhecimento por parte dos enfermeiros (as) da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e até a dificuldade de entendimento do que é de fato a EPS, confundindo-a com educação em saúde, desta maneira, retirando seu potencial de transformação do processo de trabalho. Observou-se também, a falta de incentivos voltados aos trabalhadores por parte da gestão municipal para ações educativas e a centralização das ações de EPS ofertadas pela Diretoria Regional de Saúde e/ou pelo Ministério da Saúde em pessoas da gestão sem a posterior capacidade de disseminação desses conhecimentos. CONCLUSÃO: Destacou-se a fragilidade das ações de EPS no contexto em análise, o comprometimento da qualidade do processo de trabalho em saúde, pela não atualização e/ou qualificação dos profissionais e a necessidade de uma maior publicização da política de EPS.

Palavras-chave


Educação Continuada, Educação Permanente em Saúde, Atenção Primária em Saúde, Trabalho

Referências


BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa.Editora: Edições 70, 2011.

CECIM RB. Educação Permanente em Saúde: descentralização e disseminação da capacidade pedagógica na saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2005;10(4):975-86.

SANTOS, AR; COUTINHO,ML.: construções de Enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Revista Baiana de Saúde Pública. 2014; 38(3):708-24.