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OS SABERES DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS NA AMAZÔNIA
Última alteração: 2016-01-06
Resumo
A biodiversidade amazônica em sua magnitude não é conhecida com precisão, pois são muito complexas. Estima-se a existência de milhões de espécies distintas de plantas e o uso destas é tradicionalmente preservado e disseminado como significativa herança cultural pela população, que a passa de geração a geração, com a finalidade de aproximar o ser humano à natureza divulgando a importância da flora para as nossas vidas, auxiliando na prevenção e no tratamento de várias doenças e proteção espiritual. As práticas de uso de fitoterápicos (fito, do grego phitos, significa plantas, e terapia, tratamento). É a forma mais antiga de medicina da Terra, é o recurso de prevenção e tratamento de doenças com plantas medicinais. Estas contêm princípios ativos - substância, ou classes quimicamente caracterizada (ex. Alcaloides, Antraquinonas, Cumarinas, Flavonóides, Glicosídios, Mucilagens, Óleos essenciais, Resinas, Saponinas, Taninos, cuja ação farmacológica é responsável total ou parcialmente, pelos seus efeitos terapêuticos. Objetiva o presente identificar o processo que envolve os saberes tradicionais relacionados às plantas medicinais na disseminação da informação sobre o uso racional destas e a cura de doenças nas pesquisas e trabalhos em educação ambiental. A metodologia adotada no presente trabalho caracteriza-se como pesquisa-ação, pessoa-ambiente, com visita de campo in loco, através do método qualitativo, com aplicação de questionário nas feiras e mercados da cidade de Manaus no período de junho/julho de 2015. A sensibilização, conscientização e a informação são essenciais e fundamentais para que o uso das plantas medicinais proveitoso, realmente conhecer cada propriedade da planta, e compreender como ela age no organismo e a forma mais correta e fundamental no preparo e armazenagem para que possamos obter resultados satisfatórios. Como resultado prático identificou-se que a maioria da população que faz uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças é de origem humilde e esta prática e feita de forma empírica e cultural, sendo a única economicamente acessível, que por se tratarem de plantas, as mesmas não causam malefícios à saúde, dispensando a visita ao medico. Diante disto recomendamos a importância das pesquisas de conhecimento científico e de trabalhos em educação ambiental que envolvam os saberes relacionados às plantas medicinais estabelecendo uma relação racional entre o uso de plantas e a cura de doenças.
Palavras-chave
Fitoterapia; Plantas Medicinais; Educação Ambiental.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Brasília - DF, 2010.