Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
Tecnologias Digitais como proposta de educação em saúde sexual e reprodutiva de adolescentes
Rebecca Faray Ferreira Lopes, Caroline Diniz Carvalho, Kelly Cristina Da Silva Cunha

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


As políticas e programas voltados para a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes enfrentam resistências culturais, carência de recursos e descontinuidades. Diante deste cenário, faz-se necessário a utilização de inovações que possam suprir estas lacunas e superar este desafio. Este relato de experiência busca refletir sobre a inserção de graduandas em saúde coletiva em uma organização não-governamental que atua no campo dos Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, como atividade da disciplina teórico-prática “Atividades Integradas em Saúde Coletiva VIIc. No processo de desenvolvimento deste recurso, buscou-se dar protagonismo aos jovens, de modo que estes pudessem fornecer subsídios para sua elaboração. Para tanto, promoveu-se oficinas integrativas que abordassem discussões acerca dos questionamentos que os jovens possuem sobre o tema. Foram realizadas quatro oficinas incluindo adolescentes de 13 a 20 anos, por meio de dinâmicas participativas e lúdicas que propiciavam o diálogo e a interação entre os participantes. Houve a participação de 46 adolescentes ao todo, sendo 23 de sexo feminino e 24 do sexo masculino. Percebe-se que os adolescentes se deparam com sua própria percepção de sexualidade como algo apenas biológico, não compreendendo como direitos inerentes. Observou-se que as oficinas propiciaram aos adolescentes a reflexão sobre seus direitos, tornando-os mais questionadores destes. Os jovens puderam construir novas reflexões e questionamentos sobre direitos sexuais e reprodutivos, por meio das trocas entre facilitadores e participantes. O espaço da oficina foi importante para estes jovens, pois eles conseguiram questionar e se comunicar de uma maneira diferente em relação aos outros espaços (como escolas, casa, entre outros), reconhecendo-se como cidadãos de direito.

Palavras-chave


Educação em saúde;adolescente; promoção da saúde;saúde sexual e reprodutiva.