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APRESENTAÇÃO: Sou usuária do Sistema Único de Saúde, casada, dona de casa, mãe de 2 filhos, voluntária na Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde e Conselheira municipal representando a Pastoral da Saúde na cidade onde atualmente moro que é Resende, Rio de Janeiro. Faço parte do grupo de educação permanente criado em 2014 para discutir questões ligadas à saúde. O objetivo deste trabalho é apresentar a minha experiência e participação como usuária do SUS no grupo de educação permanente em saúde chamado EPensando Resende. DESENVOLVIMENTO: No mês de agosto de 2015, fui convidada por uma integrante a participar dos encontros do EPensando que é uma roda de conversa iniciada por profissionais de saúde do município, onde todos falam, opinam, contam experiências e ninguém naquele momento sabe mais que o outro. São encontros mensais (toda segunda sexta-feira) e saio de lá enriquecida de conhecimentos e de experiências, partilhamos informações e também deixo algo de mim. É muito gratificante. Os encontros se desdobram em ricas construções, o grupo desperta para temas reais da nossa vivência, como por exemplo: humanização, acolhimento, afeto, abandono, misericórdia. Como usuária dos serviços do SUS, entendo que a saúde é um direito de todos e dever do Estado garantido por políticas sociais e econômicas. Todo cidadão tem direito a tratamento humanizado e sem nenhuma discriminação. Os profissionais de saúde devem zelar pela humanização visando o bem-estar de todos os que nele se encontram; profissionais, funcionários, doentes e familiares. Às vezes o paciente só precisa de uma atenção maior para se sentir melhor. Somente quem já teve a sua dor ouvida ou experimentou ouvir a dor do outro, sabe da importância da SOLIDARIEDADE. A participação da comunidade no exercício do controle social através de organizações, Conselhos de Saúde e nos grupos de educação permanente do município são de suma importância para a melhoria dos atendimentos e dos próprios serviços de saúde. Voltando ao assunto do EPensando Resende (roda de conversa) somos um grupo formado para refletir a saúde e temos os mesmos sonhos: pensar coletivamente os nossos problemas e desafios para a qualidade do cuidado e do SUS. RESULTADOS: O grupo discute exatamente questões problemáticas que se dão no mundo do cuidado e do trabalho em saúde. Por ser constituído de múltiplos olhares (do usuário, de diferentes profissionais, da gestão, dos docentes da área de saúde e de representantes de diferentes serviços de saúde) o ser humano acaba sendo visto em várias perspectivas e isso contribui para um cuidado mais afetivo/efetivo e mais próximo da composição humana. A roda de conversa gira para fazer o pensamento pensar e para promover encontros criativos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para concluir, posso dizer que temos uma sonho coletivo. Segundo Raul Seixas, ”Um sonho que se sonha só, é só um sonho, mas um sonho sonhado por muitos é realidade”. Como diz a cantiga de Johnson Soares e Ray Lima: De sonhação o SUS é feito: Com crença e luta O SUS se faz. Estamos na luta!

educação continuada; sistema único de saúde