Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Tema: ARTESANATO EM GRUPO DE SAÚDE MENTAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA RESIDÊNCIA EM SAÚDE
Francieli Comin Flores, Ariane Gonçalves Raupp, Bibianna Pavim, Luciana Barcellos Teixeira

Última alteração: 2016-01-06

Resumo


APRESENTAÇÃO: A saúde mental tem sido um dos principais pontos da atenção primária como trabalho, adquirindo por sua vez políticas de saúde apropriadas e, com isso, o desenvolvimento de projetos que possam atender melhor as demandas dos usuários que necessitam de uma atenção especial. A Estratégia da Saúde da Família (ESF) trabalha principalmente na promoção da saúde, prevenindo o adoecimento mental, identificando situações e fatores de risco que provocam o sofrimento, como também respondendo de modo satisfatório às necessidades da população. Portanto, novas práticas competentes e criativas precisam ser desenvolvidas, sendo imprescindível a utilização de mecanismos e estratégias para o enfrentamento do sofrimento, seja emocional ou social. Uma das estratégias que vem sendo utilizada na atenção básica é o trabalho desenvolvido com grupos, que permitem aos participantes dividirem seus problemas, angústias, experiências de vida e também se relacionar com seus vizinhos, muitas vezes desconhecidos, em um ambiente descontraído de educação permanente. O objetivo deste trabalho é relatar uma atividade desenvolvida para um grupo de saúde mental, onde foi realizada uma oficina terapêutica para ensinarmos a confecção de mandalas, uma técnica que além de trazer boas energias, promove o autoconhecimento, esclarece pensamentos e sentimentos através da meditação.  DESENVOLVIMENTO: A atividade foi desenvolvida por residentes em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ocorreu no grupo de saúde mental da ESF Nossa Senhora das Graças, no bairro Cristal, localizado em Porto Alegre/RS. Optou-se por uma oficina de mandalas por ser uma atividade de fácil confecção e baixo custo. Para confeccionarmos foram utilizadas lãs coloridas, palitos de madeira de tamanho médio e tesoura. O grupo foi realizado em um salão cedido pela comunidade e compareceram sete participantes. Em um primeiro momento foi demonstrada a importância e a relevância deste artesanato e em seguida foi iniciada a atividade prática de forma integrativa e lúdica.  RESULTADOS: Cada participante elaborou sua própria mandala. Durante a prática da atividade pode-se perceber o interesse e entusiasmo dos participantes em aprender a técnica proposta, bem como os benefícios que ela pode trazer. Houve o manifesto dos participantes, relatando o desejo de continuar praticando a elaboração do artesanato em ocasiões fora do grupo também.  CONSIDERAÇÕES FINAIS: O artesanato tem se mostrado muito eficiente no envolvimento do grupo com as atividades e também com seus colegas, é um meio de criar laços e ao mesmo tempo promover a saúde mental. Percebemos que a utilização de mandalas como terapia traz aos seus participantes um aumento da autoestima e do autoconhecimento, proporciona uma maior interação entre os participantes refletindo nas relações sociais externas ao grupo. Dessa forma, essa modalidade de terapia deveria ser mais utilizada na promoção de saúde na atenção básica.

Palavras-chave


saúde coletiva; grupo; mandala