Tamanho da fonte: 

Este trabalho apresenta os resultados preliminares de uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tem como objetivo analisaro que é encontrado na mídia escrita (revistas) sobre as Práticas Integrativas e Complementares (PICs). As PICs compreendem uma abordagem não convencional de cuidado em saúde e são pensadas em conjunto com as chamadas tradicionais, na perspectiva do mundo ocidental. De acordo com Organização Mundial da Saúde, as PICs incluem habilidades, conhecimento e práticas baseadas em teorias, crenças e vivências de diferentes culturas, que podem ser explicadas ou não, voltadas para a manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico, tratamento ou melhoria de doenças físicas e mentais. Na construção desta pesquisa, é importante considerar a construção social em torno do tema, muitas vezes atrelada a discursos elitizados, pouco acessíveis e de não conhecimento por parte da população. Sendo assim, analisar se as revistas abordam o tema das PICs é uma forma de verificar se tal tema está presente nos discursos (re)produzidos por estas revistas e como. A metodologia se deu a partir do levantamento de edições online das revistas IstoÉ, Época e Superinteressante, sem limite temporal. Na ferramenta de busca, foram colocadas as palavras, entre aspas: Medicina Alternativa, Práticas integrativas e Complementares e Terapia(s) Complementar(es). Na Revista Superinteressante, foram encontrados 23 resultados;  na revista IstoÉ, foram encontrados  20 resultados e  na Revista Época, não foram encontrados. Tanto os números quanto a forma como o tema é abordado por estas revistas demonstram que as PICs ainda são pouco ou nada consideradas por estas revistas e, quando aparecem, não são apresentadas como um todo ou até como parte de uma política pública de saúde.

práticas integrativas e complementares; educação em saúde; análise de mídia