Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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AVALIAÇÃO DOS DIABÉTICOS DE UMA UBSF EM CAMPO GRANDE - MS SEGUNDO SEU MANEJO E PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES: PÉ DIABÉTICO, RETINOPATIA E LESÃO RENAL
LUCAS FERREIRA MARCONDES LEMOS, HENRIQUE OLIVEIRA E SILVA, JOAQUIM DIAS DA MOTA LONGO, ANA RITA BARBIERI, MÔNICA MIRANDA VASCONCELOS

Última alteração: 2015-10-31

Resumo


APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: Diabetes mellitus é um grande problema de saúde pública. No Brasil alcança uma prevalência de 6,32% na população. Diante do grande número de casos e complicações, a doença cursa com grande impacto de morbimortalidade nos doentes e sistema de saúde. Há dificuldade do controle destes pacientes na atenção básica sendo necessário conhecer a realidade das UBSF nessa situação. OBJETIVOS: O objeto do levantamento foi avaliar a realidade local de uma UBSF em Campo Grande – MS em relação aos seus portadores de diabetes mellitus e o manejo de suas principais complicações: retinopatia, pé diabético e lesão renal. METODOLOGIA: Para se conhecer a realidade local foi selecionada uma ESF de uma UBSF. Com os números de DM segundo as fichas do SIAB chegou-se a 138 diabéticos acompanhados, deste número se estabeleceu que 30% (35 pacientes) seriam entrevistados e examinados. A entrevista e o exame se pautaram na utilização da ficha de exame do pé diabético já existente na unidade e que avalia o grau de sensibilidade, presença ou não de deformidades/ceratoses e úlceras. Quanto à retinopatia se perguntou sobre a fundoscopia anual realizada pelo oftalmologista e para lesão renal se havia realizado microalbuminúrica. Além disso, foi realizada glicemia capilar de jejum dos mesmos para avaliar o controle glicêmico. RESULTADOS: Dos pacientes estudados 54% eram mulheres e 60% tinham 60 anos ou mais. 28% dos entrevistados tinham IMC maior que 35; 36% entre 30-34,9; 28% entre 25-29,9; e apenas 8% na faixa de normalidade 20-24,9. Do total, 25% são insulino dependentes, e 85% fazem uso de hipoglicemiantes orais. A glicemia capilar de jejum mostrou que 52% estavam fora do alvo (80-140 mg/dL). Apesar da recomendação da fundoscopia anual apenas 43% dos pacientes avaliados haviam realizado. E em 97% destes também não foi realizado o exame da mircoalbuminúria. Por fim, 37% já se mostravam com alteração da sensibilidade ao exame do pé diabético, sendo que apenas 51% já haviam realizado o exame. CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES: Percebe-se que muito do que pode ser feito aos pacientes diabéticos na atenção básica ainda não é feito. Simples condutas: solicitar a mircoalbuminúria, fundoscopia com oftalmologista e exame do pé diabético poderia reduzir a morbimortalidade destes doentes. Importante também atentar para a necessidade de promoção de melhoras no estilo de vida, o que refletiria tanto no IMC quanto na glicemia destes pacientes, que deve ser mais bem controlada.