Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A MUSICOTERAPIA COMO ESTRATÉGIA EDUCATIVA ALTERNATIVA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOS: relato de experiência
Thais Regina Alencar Fonseca, tiago de nazaré das Chagas e Chagas, Sandra Helena Isse Polaro, Hilma Solange Lopes Souza, Andreia Ribeiro da Costa

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: O envelhecimento é um processo complexo e usualmente acompanhado de alterações biopsicossociais. Com essas alterações ocorre o declínio dos processos cognitivos e funcionais. Nesse contexto, vale ressaltar a importância do enfermeiro como articulador do processo ensino-aprendizagem, auxiliando no desenvolvimento das atividades educativas no âmbito da atenção primária a saúde, dentre elas, a musicoterapia, pois, a música é uma forma de discurso e pode fazer uma diferença na maneira como vivemos e como podemos refletir sobre a nossa vida. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de melhorar a auto estima dos idosos, diminuindo os níveis de stress e ansiedade, bem como, estimular a capacidade de locomoção e motricidade, utilizando a dança como estimulo à prática de exercício físico. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa na qualidade de relato de experiência, desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde, sendo realizado em duas etapas, onde na primeira foram realizadas técnicas de alongamento, utilizando uma música de melodia suave e ritmo bem compassado, visando o preparo da musculatura, estimulando a tonicidade e o equilíbrio, além de propiciar um ambiente de tranquilidade e descontração. A segunda etapa consistiu em um momento de dança, onde já foram utilizadas músicas mais ritmadas, a fim de trabalhar a motricidade e a criatividade, aproveitando esse momento para abordar ações de prevenção à quedas. A musicoterapia associada aos exercícios terapêuticos tem enorme potencial coadjuvante no resgate e manutenção da qualidade de vida do idoso, atuando no contexto preventivo e de reabilitação, visto que permite ao ser humano entrar em contato com suas emoções e com o movimento, o que constitui uma medida para minimizar os efeitos das alterações fisiológicas decorrentes do processo do envelhecimento e é vista no meio científico como nova área do conhecimento, podendo atuar em diversas áreas da saúde e bem estar do indivíduo, promovendo a melhora na qualidade de vida através da utilização correta de elementos musicais como ritmo, melodia e som. (PASSARINI, 2008). RESULTADOS: O termômetro da atividade, foram as expressões corporais evidenciadas e a satisfação dos idosos no momento da dinâmica, além de um cartaz onde os participantes expuseram sua percepção acerca da prática terapêutica desenvolvida, por isso, em uma percepção geral, os objetivos da ação foram alcançados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O comprometimento da capacidade funcional do idoso tem implicações importantes para a família, comunidade, o sistema de saúde e para a vida do próprio idoso, uma vez que a incapacidade ocasiona maior vulnerabilidade e dependência na velhice, contribuindo para a diminuição do bem estar e da qualidade de vida dos idosos. A música é um instrumento que propicia bem estar e conforto, por isso é importante que o profissional da saúde se aproprie dessa ferramenta, para desenvolver um trabalho que suplante as intenções minimamente curativas, e passe a se valer de estratégias interativas e associativas, contribuindo para o resgate da autonomia do idoso, que é um elemento essencial para o processo de envelhecimento bem sucedido.