Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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VULNERABILIDADE AO USO DE TABACO ENTRE ACADÊMICOS, DE CURSOS DAS ÁREAS DE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E BIOLÓGICA, DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL
Shayane Luiza Rebelatto, Greice Cristine Schneider, Lucimare Ferraz

Última alteração: 2015-11-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: O tabagismo, é considerado uma dependência química decorrente do uso de substâncias psicoativas. Também acarreta maior vulnerabilidade às doenças cardiovasculares, câncer, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças bucais e outras. Considerado um dos principais fatores de risco para mais de 50 outras doenças, destacando-se as doenças cardiovasculares, as neoplasias e as doenças respiratórias obstrutivas crônica¹. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi analisar a dinâmica do uso de tabaco entre acadêmicos, de cursos das áreas de ciências humanas, exatas e biológica, de uma universidade do Sul. METODOLOGIA: O estudo caracteriza-se por uma pesquisa documental, de caráter exploratório-descritivo com delineamento de um estudo transversal. A população do estudo foi composta por 282 acadêmicos dos cursos das áreas do conhecimento: saúde, humanas e exatas. A pesquisa foi realizada por meio de um questionário estruturado e as informações necessárias para contemplar os objetivos foram obtidas por meio da aplicação de um questionário elaborado com bases nos instrumentos de coleta e já utilizados em estudos brasileiros. Os dados tiveram análise por meio de técnica descritiva. RESULTADOS: Segundo a entrevista realizada com acadêmicos dos cursos de medicina, direito e engenharia, 25,2% deles, relatam já terem utilizado tabaco alguma vez na vida. E de acordo com esses dados, os cursos de medicina e direito apresentaram uma prevalência semelhante, de 51, 5 % no curso de medicina e 50% no curso de direito, o que os difere do curso de engenharia em que apenas 38,5% dos acadêmicos já tenham experimentado tabaco uma vez na vida.Na mesma direção, quando os universitários são questionados com a frequência com que utilizam o tabaco 3,8% dos acadêmicos do curso de engenharia relatam fazer uso diariamente ou quase todos os dias, enquanto que no curso de medicina nenhum estudante relatou consumir tabaco de forma diária. De acordo com o sexo dos indivíduos entrevistados houve uma diferença significativa entre homens e mulheres em relação ao uso do tabaco. O sexo feminino relatou que 36,4% já experimentaram tabaco uma vez na vida, enquanto que no sexo masculino esse índice foi de 56,2%. Em relação a frequência com que faziam uso de tal substância, 10,2 % dos entrevistados relataram utilizar tabaco uma ou duas vezes. Já o consumo semanal ou diário do tabaco novamente apresentou uma prevalência maior para o sexo masculino que teve índices de 4,7% e 3,1% respectivamente, enquanto que no sexo feminino esses números de 1,9% e 1,3%.Referindo-se ao semestre em que estavam cursando a faculdade, 54,8 (n=155) dos entrevistados nunca experimentaram tabaco na vida. E dentre os que consumiam a maior prevalência foi o uso de uma ou duas vezes na vida, em que 12% , 11,4% e 6,9% dos acadêmicos do primeiro, terceiro e último ano respectivamente utilizaram tabaco. Diariamente ou quase todos os dias, apenas 6 (2,1%) acadêmicos referiram que fazem uso. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prevalência do tabaco não apresentou-se  elevada, porém levando-se em consideração todos os malefícios que o tabaco causa no organismo, evidencia-se a necessidade de prevenção ao uso entre os acadêmicos e sugere-se a necessidade de políticas de intervenção no meio acadêmico.

Palavras-chave


Uso de tabaco; Estudantes; Prevalência.

Referências


1_BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer – Modelo lógico e avaliação. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer, 2003.