Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Acolhimento com Classificação de Risco apoiado por acadêmicos: experiência de aprendizagem coletiva
Mayara Pereira de Souza, Fernanda Teixeira Furlan Chico, Juliette Werner Mello, Laís Alves de Souza Bonilha

Última alteração: 2015-10-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: No Projeto Posso Ajudar, estudantes voluntários de cursos da área da saúde desenvolvem ações de acolhimento aos pacientes e familiares que chegam ao pronto-socorro da Santa Casa de Campo Grande (MS), conhecendo de perto a rotina da porta de entrada de um grande hospital e, ao mesmo tempo, contribuem com aumento da qualidade da assistência prestada à população. O trabalho dos acadêmicos é desenvolvido em conjunto com profissionais do hospital que atuam na recepção sob a lógica do Acolhimento com Classificação de Risco, que são técnicos da portaria, profissionais da enfermagem e do serviço social desenvolvendo trabalho em equipe multiprofissional. O projeto também permite conhecer o SUS através de um serviço de nível terciário, contribui para assimilar o conhecimento teórico da humanização pela prática e na formação profissional através do desenvolvimento das competências gerais. METODOLOGIA: Cabe aos alunos orientar e acolher os pacientes e familiares que aguardam pela consulta e por informações, facilitando o atendimento, aprendendo com a equipe na execução das ações e favorecendo a integração ensino-serviço. Contribuem para a organização e limpeza do espaço físico da recepção, acolhem pacientes e acompanhantes de demanda espontânea, direcionam o atendimento e ou oferecem informações, orientam sobre o fluxo de atendimento e informam os acompanhantes de casos da emergência sobre os horários de entrada. As escalas são divididas em três períodos por dia e alunos escolhem os horários de acordo com a disponibilidade de tempo, sendo permitido executar cargas horárias maiores ou menores. Os participantes necessitam ter pró-atividade e abordagem humanizada, visando diminuir a ansiedade daqueles que estão à espera por informações, consultas, e auxiliar aqueles que procuram por familiares, todas elas situações estressantes. RESULTADOS: Essa vivência foi uma experiência satisfatória. Apesar de reconhecer as muitas falhas do SUS, muitas vezes noticiadas em jornais, o sistema busca a evolução diariamente e, apesar das dificuldades, é notada evidente melhora do acolhimento com a implantação do projeto. No início do projeto foram vivenciadas dificuldades: o processo muitas vezes era complicado devido à alta demanda de pacientes para poucos funcionários e envolvia a todos que estavam no pronto-socorro para a agilidade do atendimento. Outras questões difíceis foram a abordagem à alguns usuários e também às dificuldades de comunicação entre profissionais do serviço e orientações conflitantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com essa experiência notamos que na prática o sistema não funciona tão bem quanto na teoria, tentando a melhora como através de projetos de acolhimento como o Posso Ajudar e a Equipe da Esperança, que é uma entidade filantrópica e que presta assistência espiritual, moral e material aos pacientes carentes e seus acompanhantes internados, reduzindo dificuldades. O projeto produziu impacto, tanto na vida profissional, quanto na acadêmica e pessoal, incentivando os alunos a participar e apoiar experiências exitosas na rede de atenção no SUS, com função multiplicadora, além de apoiar esses serviços com abordagem humanizada, fazendo a diferença nos atendimentos e produzindo a melhoria do SUS a cada dia.

Palavras-chave


acolhimento; projeto; experiência