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Perfil do paciente vivendo com HIV/Aids (PVHA) em uma unidade de Atenção Primária – Fortaleza
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
APRESENTAÇÃO: O atendimento ao paciente vivendo com HIV/Aids (PVHA) na Atenção Primária possibilita a ampliação do acesso, descentralização do cuidado e tratá-lo por compartilhamento de gestão com multiplicidade de olhares e de práticas. OBJETIVOS: A pesquisa objetivou-se por avaliar o perfil clínico e epidemiológico das PVHA na atenção primária em Fortaleza. METODOLOGIA: O estudo é retrospectivo e avaliativo no Serviço de Atenção Integral (SAI) na Unidade de Atenção Primária a Saúde Anastácio Magalhães em Fortaleza, Ceará. Realizado no período de dezembro/2011 a dezembro/2014 pela revisão de prontuários. O acompanhamento constituiu-se por 119 pacientes na sua maioria do gênero masculino com 88 (73,95%), com média de idade total 36+ 9, masculino 36+10 e feminino 35+ 8. RESULTADOS: Total de PVHA em seguimento 96 (80,67), transferidos 12 (10,08%), em abandono 8 (6,72%) e óbitos 3 (2,52%). O Perfil étnico representados na sua ampla maioria por pardos 84 (70,59%), seguida de negros 9(7,56%) e brancos 2 (1,68%). Quanto ao nível de escolaridade o ensino médio finalizado desponta com 43 (36,13%), seguidos por superior incompleto 16 (13,45%), fundamental incompleto 15 (12,61%), superior completo 14 (11,76%), médio incompleto 11 (9,24%), fundamental completo 9 (7,56%), analfabeto 3 (2,52%) e sem informação 8 (6,72%). Em sua maioria solteiros 77 (64,71%), seguidos de casados 27 (22,69%), divorciados 5 (4,20%), viúvos 2 (1,68%) e sem informação 8 (6,72%). Em relação ao número de parceiros por ano 49(41,18%) tiveram apenas um parceiro, 5 33(27,73%) e 2 a 5 30(25,21%), no uso da camisinha 72 (60,50%) às vezes a utilizava. Em relação ao tratamento antirretroviral 80(67,23%) estão em uso e destes 64(80%) apresentam carga viral indetectável. Dos pacientes acompanhados no SAI 13,45% são pertencentes da área das equipes de saúde da família. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se que o atendimento a PVHA na atenção básica é possível e realizado com sucesso ao observarmos os bons resultados em números de pacientes em seguimento, tratamento e com boa adesão analisados através da carga viral indetectável.
Palavras-chave
AIDS; ATENÇÃO PRIMÁRIA, INTEGRALIDADE
Referências
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Brasília, DF, 2013, 220 p.
FONSECA, M.G.; PEREIRA, G.F. Doenças sexualmente transmissíveis e AIDS no Brasil do século XXI: o desafio e a resposta. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol. 23, suppl. 3, 2007.
JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS. Global report: UNAIDS report on the global AIDS epidemic 2013. November 2013. Disponível em: <http://www.unaids.org/en/media/unaids/contentassets/documents/epidemiology/2013/gr2013/UNAIDS_Global_Report_2013_en.pdf>. Acesso em: 08 out. 2015.