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Apoio à saúde da família goytacá: experiência em debate
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
O presente trabalho visa relatar a experiência do grupo de pesquisa Transdisciplinaridade e Clínica da UFF - Campos dos Goytacazes/RJ no acompanhamento junto aos apoiadores institucionais da Diretoria de Atenção Básica (DAB), na reimplementação da Estratégia de Saúde da Família- ESF no município, tendo como foco de pesquisa seus processos de trabalho para reorientação do modelo assistencial. O Município tem uma vasta extensão territorial de 4.026,696 km². Tem-se, portanto, pensado oficinas regionais onde se possam discutir localmente junto às equipes as questões de cada território e, em conjunto, construir propostas coletiva de cuidado pertinente a necessidade de cada população. Em 2014, a Atenção Básica de Campos dos Goytacazes, retornou ao modelo da Estratégia Saúde da Família e, até o momento, foram implementadas 27 unidades básicas PSF. No segundo semestre daquele ano a DAB ofereceu um curso intitulado "Gestão e Atenção" para todos os trabalhadores da ESF. Nesse momento, o grupo de pesquisa esteve presente como ouvinte. Posteriormente, a partir das articulações feitas, foi possível acompanhar o coletivo de apoiadores em suas reuniões na DAB e também nas unidades de saúde junto às apoiadoras bem como nos espaços de Educação Permanente. Para o fortalecimento do coletivo de trabalhadores, apostou-se na oferta da Educação Permanente, para os trabalhadores das equipes da ESF. Neste espaço abordam-se temas pertinentes a prática das equipes tais quais: saúde bucal, saúde da mulher, saúde mental, humanização, dentre outras. Os espaços de EP têm possibilitado trocas, apoio técnico e permitido maior integração entre os diversos trabalhadores da rede. A implementação destes dispositivos por parte da gestão é orientada por um fazer coletivo que visa superar os modos autoritários de gerir, fazendo os demais integrantes das equipes sujeitos implicados é coparticipantes na produção de práticas de cuidado. Também se compreende que os processos de formação-intervenção são indissociáveis entre si, e que saberes e poderes até então instituídos podem ser ressignificados possibilitando novos modos de fazer saúde. Seguindo as contribuições da Análise Institucional Francesa e a Política Nacional de Humanização, reforça-se a aposta na formação-intervenção, compreendendo que se trata de exercício prático de experimentação no cotidiano dos serviços de saúde com as equipes, já que é um exercício indissociável da experimentação, do convívio, da troca entre sujeitos em situações reais. É a qualidade e intensidade desta troca que favorece processos de formação.
Palavras-chave
trabalho; formação; educação permanente; pesquisa
Referências
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