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Programa Interdisciplinar de Promoção à Saúde da UFRJ-Macaé: avanços e desafios para integração universidade – comunidade
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
APRESENTAÇÃO: A Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus Macaé desenvolve desde 2013 um Programa Interdisciplinar de Promoção à Saúde (PIPS) que busca fortalecer a troca de experiências entre discentes e docentes e dar a contribuição da universidade nas demandas observadas no município. Mesmo Macaé sendo considerado um município rico, existe um expressivo e desordenado crescimento populacional com grandes bolsões de pobreza, revelando uma população carente em diversos níveis de atenção. Este trabalho apresentará a experiência de três anos do Programa. DESENVOLVIMENTO: Objetivando a melhoria desta realidade negativa, o PIPS inicialmente foi proposto com 10 projetos e integração dos cursos de Enfermagem e Nutrição. Além das atividades individuais de cada projeto, o programa também realiza anualmente um Seminário Interdisciplinar de Promoção à Saúde e uma Feira de Arte, Cultura e Saúde, na qual toda a comunidade pode participar. RESULTADOS E IMPACTO: Após três anos de atividades, atualmente o Programa tem 14 projetos de Extensão dos cursos de Enfermagem, Nutrição, Farmácia e áreas básicas da saúde e atende todas as faixas etárias. Atuam em escolas, hospitais, asilos, e unidades de saúde municipais. Suas atividades são voltadas para capacitação de profissionais de saúde, estratégias lúdicas, estímulo ao cuidado, alimentação saudável, cuidado domiciliar de pessoas com necessidades especiais, disponibilização de informações sobre medicamentos, socorro na comunidade, dentre outras. Já foram realizados três Seminários Interdisciplinares e Feiras de Arte, Cultura e Saúde nos quais há uma convergência das ações de educação e promoção da saúde realizada pelos integrantes de cada projeto. Além das propostas iniciais, o grupo também sentiu necessidade de realizar encontros discentes com troca de experiências para fortalecer a identidade dos projetos e reconhecer afinidades e possibilidades de compartilhamento entre eles. No entanto, apesar destes avanços, o PIPS, como outros projetos de extensão, apresenta desafios como: (i) incompatibilidade de horário entre membros dos projetos e locais de prática, abrangendo parcialmente aos usuários de nossas atividades; (ii) falta de infraestrutura para trabalhar com grupos numerosos; (iii) dificuldades de gerir financeiramente as ações do grupo devido as barreiras colocadas pelas agências financiadoras; e (iv) dificuldades de realizar atividades de forma integrada com as instituições, visto que em alguns momentos há conflitos entre interesses institucionais e os projetos de extensão, sendo necessário manter uma constante comunicação para evitar demandas conflitantes por espaços e pelo tempo do usuário. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O PIPS encontra-se em um momento de amadurecimento de suas ações propostas, com alto impacto de suas atividades no município e para seus discentes, que aprendem em campo prático e tem a oportunidade de vivenciar a realidade profissional. É necessário manter uma visão crítica do objetivo e do alcance das ações extensionistas, para que os projetos não assumam demandas institucionais que deveriam ser resolvidas pelo próprio município, com soluções próprias e definitivas. Além disso, ainda é necessário criar mais espaços para ouvir as experiências dos participantes das atividades dos projetos, parceiros e profissionais, sendo este um desafio, uma vez que a extensão deve valorizar essa relação mais dialógica com a comunidade.
Palavras-chave
Promoção da Saúde; Extensão Universitária; Comunidade