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A estratégia pioneira do Apoio Institucional no Ministério da Educação e a construção da Supervisão Acadêmica do Projeto Mais Médicos para o Brasil
Última alteração: 2015-10-30
Resumo
APRESENTAÇÃO: O Programa Mais Médicos foi criado no ano de 2013, com os objetivos de reorientar a formação médica, melhorar a infraestrutura de unidades básicas de saúde e realizar provimento emergencial de médicos a áreas em escassez de atenção desse profissional. Esse último objetivo está sendo atingido por intermédio do Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB). A coordenação do Programa Mais Médicos é compartilhada entre os Ministérios da Saúde (MS) e da Educação (MEC). As ações de responsabilidade do MEC ficaram concentradas na Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde, na Secretaria de Educação Superior (DDES/SESu/MEC). Entre as atribuições da DDES/SESu/MEC, destaca-se a Supervisão Acadêmica a médicos participantes do PMMB, estratégia que visa o fortalecimento da Educação Permanente mediante a promoção da integração ensino-serviço. DESENVOLVIMENTO: No primeiro ano de atividades, um dos importantes desafios enfrentados foi à captação e a designação de supervisores à totalidade de médicos participantes, que ocorreu concomitantemente à estruturação da DDES/SESu/MEC e da Supervisão Acadêmica, em meio a intervenções de órgãos de controle e ataques de conselhos de classe e da mídia. Neste segundo ano, as ações visaram ao fortalecimento do caráter educacional do programa e ao redimensionamento de sua estrutura inicial. Uma importante estratégia que vem catalizando este processo foi à implantação do Apoio Institucional à Supervisão Acadêmica do PMMB, iniciativa pioneira no MEC, com o objetivo primordial de apoiar o fazer das Instituições Supervisoras nos Estados. Essa estratégia baseia-se no Método de Apoio Institucional Paideia (CAMPOS, G.W.S. Um método para análise e cogestão de coletivos. 2. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2005.) na Educação Permanente e Educação Popular em Saúde. RESULTADOS E IMPACTO: O Apoio Institucional, entretanto, para além do objetivo inicialmente delineado, vem apresentando caminhos para fazê-lo e o refazer dos integrantes das equipes de gestão da DDES/SESu/MEC, dos próprios apoiadores descentralizados e da Supervisão Acadêmica ao longo desses dois anos de atividades. As fragilidades da estratégia são identificadas e avaliadas, tornando-se oportunidades para a reflexão coletiva da prática e para a condução de experimentações de novos arranjos e pactos de gestão, norteados pela concepção de permanecer em constante construção, promover a horizontalidade das relações, valorizar a educação permanente e fortalecer a construção autônoma dos sujeitos no processo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A diversidade de realidades do território nacional, das Instituições Supervisoras e da formação dos atores do Apoio Institucional e da DDES/SESu/MEC tem oportunizado vivenciar e registrar experiências inovadoras de gestão, no âmbito do Ministério da Educação, as quais constituem a matéria prima da construção da Supervisão Acadêmica do Projeto Mais Médicos para o Brasil.
Palavras-chave
Apoio Institucional, Supervisão Acadêmica, Educação Permanente em Saúde, Integração Ensino-Serviço, Programa Mais Médicos
Referências
CAMPOS, G.W.S. Um método para análise e cogestão de coletivos. 2. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2005