Tamanho da fonte:
Aleitamento Materno: conhecimento e práticas das gestantes que realizam Pré Natal de Alto Risco na Unidade de Referência Especializada (URES), Santarém, Pará
Última alteração: 2015-10-31
Resumo
APRESENTAÇÃO: O leite materno é o principal alimento destinado à alimentação dos recém-nascidos, pois apresenta grandes efeitos benéficos ligados a sua rica composição de vitaminas, proteínas e anticorpos. É de fácil acessibilidade e baixo custo, e traz benefícios tanto a mãe quanto ao filho¹. No entanto, apesar das suas qualidades e eficácia comprovada tem havido frequente desmame precoce dos lactantes. Dos aspectos elencados a essa situação, a prática errônea do aleitamento, o nível de informação da mãe e a influência sociocultural como: hábitos, crenças e tradições são os que mais se destacam. Mediante a isso o pré-natal e as práticas educacionais empregadas na atenção primária são de suma importância como agentes desmistificadores de saberes errôneos enraizados em meio à população². Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o conhecimento e práticas das gestantes que realizam pré-natal na URES. DESENVOLVIMENTO: Pesquisa de campo, quantitativa, realizada pelos acadêmicos do 3° ano de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, na Unidade de Referência Especializada em pré-natal de Alto risco. A amostra pesquisada foram 14 gestantes atendidas no pré-natal referente ao mês de Junho de 2015, onde foi aplicado questionário semiestruturado junto às gestantes, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados obtidos foram tabulados e analisados no software Excel® 2010. RESULTADOS: Das pesquisadas 42,86% eram multíparas, 28,57% primigestas, 21,43% secundigestas e 7,14% tercigestas, cerca de 64,29% afirmaram já terem amamentado, 66,67% o fizeram em tempo superior a 6 meses. Dos benefícios elencados ao aleitamento materno para o bebê 50% referenciou proteção e 50% nutrição, quanto à orientação do tempo de amamentação exclusiva 78,57% afirmaram que o tempo ideal seria de 6 meses. Quanto a doenças que impossibilitariam a amamentação destacaram-se HIV com 35,71% e Câncer de mama com 32,14%. Em relação ao medo de amamentar 50% afirmou possuí-lo, 64,29% afirmaram não ter medo dos seios caírem, 78,57% afirmaram não existir leite fraco. 78,57% enunciaram poder exercer atividade remunerada mesmo estando em período de amamentação, desde que se faça ordenha. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prática de orientações em saúde é um meio profilático que auxilia na diminuição de doenças e agravos à saúde. No que se associa ao aleitamento materno é tido como um dos principais meios de controle e/ou intervenções junto à genitora e ao concepto, a fim de evitar baixo peso, infecções gastrointestinais e até mesmo morte neonatal. Por isso se faz necessário o papel ativo dos profissionais de saúde em meio à comunidade objetivando a sensibilização quanto à importância do Aleitamento Materno.
Palavras-chave
Aleitamento materno; educação em saúde; Gestantes.
Referências
1 SANTANA, Jerusa da Mota; BRITO, Sheila Monteiro; DOS SANTOS, Djanilson Barbosa. Amamentação: Conhecimento e prática das gestantes. O Mundo da Saúde São Paulo. 2013; 37(3): 259-267.
2 MARQUES, Emanuele Souza; COTTA, Rosângela Minardi Mitre; PRIORE, Silvia Eloiza. Mitos e crenças sobre o aleitamento materno. Ciência & Saúde Coletiva, 16(5):2461-2468, 2011.