Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Aleitamento Materno: conhecimento e práticas das gestantes que realizam Pré Natal de Alto Risco na Unidade de Referência Especializada (URES), Santarém, Pará
Gisele Ferreira De Sousa, Ana Paula Lemos De Araújo, Antonia Irisley da Silva Blandes, Cristiano Gonçalves Morais, Géssica Rodrigues De Oliveira, Victor Hugo Barroso Coelho, Simone Aguiar da Silva Figueira

Última alteração: 2015-10-31

Resumo


APRESENTAÇÃO: O leite materno é o principal alimento destinado à alimentação dos recém-nascidos, pois apresenta grandes efeitos benéficos ligados a sua rica composição de vitaminas, proteínas e anticorpos. É de fácil acessibilidade e baixo custo, e traz benefícios tanto a mãe quanto ao filho¹. No entanto, apesar das suas qualidades e eficácia comprovada tem havido frequente desmame precoce dos lactantes. Dos aspectos elencados a essa situação, a prática errônea do aleitamento, o nível de informação da mãe e a influência sociocultural como: hábitos, crenças e tradições são os que mais se destacam. Mediante a isso o pré-natal e as práticas educacionais empregadas na atenção primária são de suma importância como agentes desmistificadores de saberes errôneos enraizados em meio à população². Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o conhecimento e práticas das gestantes que realizam pré-natal na URES. DESENVOLVIMENTO: Pesquisa de campo, quantitativa, realizada pelos acadêmicos do 3° ano de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, na Unidade de Referência Especializada em pré-natal de Alto risco. A amostra pesquisada foram 14 gestantes atendidas no pré-natal referente ao mês de Junho de 2015, onde foi aplicado questionário semiestruturado junto às gestantes, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados obtidos foram tabulados e analisados no software Excel® 2010. RESULTADOS: Das pesquisadas 42,86% eram multíparas, 28,57% primigestas, 21,43% secundigestas e 7,14% tercigestas, cerca de 64,29% afirmaram já terem amamentado, 66,67% o fizeram em tempo superior a 6 meses. Dos benefícios elencados ao aleitamento materno para o bebê 50% referenciou proteção e 50% nutrição, quanto à orientação do tempo de amamentação exclusiva 78,57% afirmaram que o tempo ideal seria de 6 meses. Quanto a doenças que impossibilitariam a amamentação destacaram-se HIV com 35,71% e Câncer de mama com 32,14%. Em relação ao medo de amamentar 50% afirmou possuí-lo, 64,29% afirmaram não ter medo dos seios caírem, 78,57% afirmaram não existir leite fraco. 78,57% enunciaram poder exercer atividade remunerada mesmo estando em período de amamentação, desde que se faça ordenha. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prática de orientações em saúde é um meio profilático que auxilia na diminuição de doenças e agravos à saúde. No que se associa ao aleitamento materno é tido como um dos principais meios de controle e/ou intervenções junto à genitora e ao concepto, a fim de evitar baixo peso, infecções gastrointestinais e até mesmo morte neonatal. Por isso se faz necessário o papel ativo dos profissionais de saúde em meio à comunidade objetivando a sensibilização quanto à importância do Aleitamento Materno.

Palavras-chave


Aleitamento materno; educação em saúde; Gestantes.

Referências


1 SANTANA, Jerusa da Mota; BRITO, Sheila Monteiro; DOS SANTOS, Djanilson Barbosa. Amamentação: Conhecimento e prática das gestantes. O Mundo da Saúde São Paulo. 2013; 37(3): 259-267.

2 MARQUES, Emanuele Souza; COTTA, Rosângela Minardi Mitre; PRIORE, Silvia Eloiza. Mitos e crenças sobre o aleitamento materno. Ciência & Saúde Coletiva, 16(5):2461-2468, 2011.