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Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que busca discutir a humanização como base, para a formação de docentes e discentes, em especial da enfermagem. A formação profissional do enfermeiro exige ampliação, tendo em vista que o ser não é apenas o processo saúde-doença, sendo necessário conceber e cuidar do homem de modo ampliado não se limitando a um discurso teórico, desarticulado das práticas de cuidado. Pensando neste problema, estabeleceu-se a criação de um currículo mínimo para a formação do enfermeiro, acarretando mudança do enfoque dado anteriormente à aquisição de habilidades manuais, na tentativa de substituí-lo por uma atuação mais voltada ao humano e ao atendimento das necessidades do paciente. Para isso, faz-se necessária a modificação das práticas pedagógicas, deixando de lado o modelo tradicional de verticalidade, do professor como repassador do conhecimento e tornando o aluno mais ativo no seu processo de aprendizagem. Esse artigo tem como objetivo abordar as principais dificuldades na relação docente x discente no cuidado e apresenta como questões norteadoras de pesquisa: que enfoque tem orientado as abordagens de ensino do processo de enfermagem nos cursos de graduação? Que estratégias de ensino do processo de enfermagem podem ser identificadas nas publicações? A busca por artigos foi a partir de publicações indexadas nas bases de dados: CINAHL, MEDLINE e LILACS, com as palavras-chave ensino, aprendizado e cuidado, no período de 2010 a 2015. Foram encontrados 253 artigos na base de dados CINAHL, 604 artigos no MEDLINE e no LILACS 550 artigos. Foram utilizados descritores em português e em inglês. Após o atendimento aos critérios de inclusão e exclusão, amostra constitui-se de 8 artigos. Os resultados dos estudos apontaram críticas em relação aos currículos essencialmente científicos e com poucas atividades humanísticas. O docente tem um papel fundamental na construção e desconstrução de conceitos e definições pelos discentes, sensibilizando-os para uma prática humanizada, por meio de sua própria postura e ação pedagógica como prática social, bem como a importância de o professor acolher os alunos em seus medos e insegurança. É necessário ampliar a discussão sobre o cuidado para desconstruir a idéia de que só a doença e a racionalidade interessam ao ensino e que ensinar via sensibilidade e via subjetividade não interessa porque não produz ciência precisa, exata e mensurável. Sentir o que o outro sente é fundamental para quem está em aprendizado, pois reforça o entendimento de que o corpo é o território mínimo e único que o homem verdadeiramente possui. Nele e com ele vive-se experiências intransferíveis de prazer, dor, conforto ou desconforto; emoção, política, subjetividade e história. Cuidar na enfermagem não significa olhar apenas para o paciente, mas um conjunto de ações desenvolvidas em situações de cuidado e dirigidas à pessoa sadia ou adoecida, às demais pessoas a ela ligadas, às comunidades e aos grupos populacionais, visando promover e manter conforto, bem-estar e segurança, no máximo limite de possibilidades profissionais e institucionais.

ensino; aprendizado; cuidado