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Assistência domiciliar compartilhada ao paciente acamado – Integração Ensino Serviço
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
O número de pacientes acamados, ou temporariamente restritos ao leito na área de abrangência do NASF Seminário, vem se mostrando crescente desde a sua implantação. Pelas mais variadas causas e de todas as faixas etárias, esses pacientes encontram-se em seus domicílios, necessitando da assistência que, quando é viabilizada, esbarra na dificuldade que o paciente tem de se transportar até o local onde ela acontece. Dessa forma, foi identificado no território um relevante número de casos onde a falta de assistência, bem como de estímulos e orientações adequadas, vinham agravando o quadro, aumentando fatores de riscos e as comorbidades. A partir dessa realidade, considerando o convênio SESAU-UCDB, bem como a necessidade de proporcionar vivências práticas aos acadêmicos de Fisioterapia do último semestre, pensou-se nessa proposta, com o objetivo de proporcionar assistência domiciliar semanal aos pacientes acamados ou temporariamente restritos ao leito. As equipes de saúde da família solicitam visitas domiciliares aos profissionais do NASF, as quais são realizadas junto com um profissional da equipe de referência. A partir desse primeiro contato e de posterior discussão do caso tanto com a equipe de referência quanto entre a Equipe NASF, foram elencados quais deles seria objeto de intervenção dos acadêmicos. Divididos em duplas, os acadêmicos realizam uma primeira visita com um profissional do Núcleo para apresentação e reconhecimento. A partir dessas, visitas semanais eram realizadas para avaliação e posterior proposta terapêutica e intervenção. Cada caso selecionado tinha sua pasta na UBSF, contento o instrumento de solicitação de visita preenchido pela Equipe, a ficha de avaliação dos acadêmicos, bem como a ficha de evolução, onde eram registrados todos os procedimentos realizados, sendo então discutido com um profissional da Unidade, contendo sua assinatura. Quinzenalmente a intervenção acadêmica era acompanhada por um profissional NASF e, ao final do semestre foi realizada uma reunião com todos os acadêmicos, docentes e profissionais do Núcleo. Nessa reunião eram discutidos os casos, quais deles tinham condição de “alta”, quais seriam os novos casos e quais deles teriam continuidade no próximo semestre. Cada dupla de acadêmico tinha um professor responsável (tutor). A partir das visitas de acompanhamento dos profissionais do Núcleo foi notória a resposta dos pacientes à intervenção proposta, com consequente progresso, com alguns deles tendo alta, outros conseguindo deslocarem-se até os locais de assistência (Clínica-Escola UCDB), casos em que os pacientes foram inseridos em outras propostas (como no Projeto de Cognição desenvolvimento pelo curso de psicologia da UCDB) e aqueles que continuaram sendo assistidos domiciliarmente, porém em condições bem superiores às iniciais. Essa experiência confirma mostra quão importante é a integração ensino-serviço e quanto às duas partes se beneficiam da proposta. O serviço por proporcionar ao usuário uma atenção da qual ele se faz merecedor e necessário, porém que muitas vezes não acontecem em função da elevada demanda existente, e ao ensino, por proporcionar campos de vivências aos acadêmicos, viabilizando uma formação mais humanista, baseada em vivências SUS.
Palavras-chave
NASF; integração ensino-serviço;cuidado