Tamanho da fonte:
POLÍTICAS DE FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE DA MACRORREGIÃO NORTE DO PARANÁ: O CONHECIMENTO DA EQUIPE GESTORA
Última alteração: 2015-10-30
Resumo
APRESENTAÇÃO: Nas últimas décadas, encontra-se um conjunto de políticas de saúde indutoras de mudanças propostas pelas esferas federal e estadual para o fortalecimento da Atenção Básica em Saúde (ABS), as quais devem ser incorporadas pelos serviços de saúde dos municípios. Neste contexto, percebe-se acentuada fragilidade dos Municípios de Pequeno Porte (MPP) frente aos desafios para a efetivação dessas políticas. Diante deste cenário, este estudo teve como objetivo identificar o conhecimento da equipe gestora sobre as estratégias de fortalecimento da atenção básica que estão em desenvolvimento nos MPP da Macrorregião Norte do Paraná. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo de natureza quantitativa, desenvolvido em 82 MPP que integram a 16ª, 17ª, 18ª, 19ª e 22ª Regionais de Saúde do Norte do Paraná. Os MPP são aqueles que possuem população abaixo de 20.000 habitantes. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário semiestruturado aplicado a 744 profissionais que compõem a equipe gestora dos municípios, no período de novembro de 2013 a maio de 2014. Para a análise dos dados utilizou-se o programa Epi Info versão 3.5.4. Este trabalho faz parte de um projeto maior denominado: “A gestão do trabalho no SUS em municípios de pequeno porte do Paraná a partir do olhar da equipe gestora. Resultados: Constatou-se como estratégias citadas pela maioria da equipe gestora que estão em desenvolvimento nos municípios a Estratégia Saúde da Família (ESF) (98,7%), o Programa de Qualificação da Atenção Primária (APSUS) (83,7%), o Programa de Qualificação da Vigilância em Saúde no Paraná (VIGIASUS) (75,4), o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) (72,2%) e o Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (NASF) (60,0%). De acordo com os gestores, o Programa de Valorização dos Profissionais da atenção Básica (PROVAB) (13,5%) e o Mais Médicos (MM) (17,4%) foram os programas de menor inserção e desenvolvimento nos municípios. Considerações finais: A maioria dos profissionais conhece e desenvolve programas considerados como estratégicos para a consolidação da ABS. Entretanto, os MPP ainda encontram dificuldades para desenvolver estratégias que exigem a inclusão do profissional médico e profissionais componentes do NASF. Assim, as fragilidades que impedem este desenvolvimento devem ser identificadas para que realmente se tornem estratégias que colaborem para o avanço da ABS.
Palavras-chave
Gestão em Saúde; Política de Saúde; Atenção Básica